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Fim do contrato deixa vigilância em saúde sem carro em São Paulo

LEONARDO FUHRMANN SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A gestão João Doria (PSDB) deixou os serviços de Vigilância em Saúde da cidade sem transporte. O problema começou na última sexta-feira (11), com o término do contrato com a Gocil Segurança e Serviços. O serv

Da Redação

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Publicado em 16.08.2017, 13:40:10 Editado em 16.08.2017, 13:40:10
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LEONARDO FUHRMANN

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A gestão João Doria (PSDB) deixou os serviços de Vigilância em Saúde da cidade sem transporte. O problema começou na última sexta-feira (11), com o término do contrato com a Gocil Segurança e Serviços. O serviço municipal contava com uma frota de 146 veículos, sendo 84 minivans e 62 carros de passeio.

Além dos serviços das 26 Suvis (Supervisões de Vigilância em Saúde), que funcionam em prefeituras regionais da cidade, a não renovação do contrato de transporte atinge também o Centro de Controle de Zoonoses, em Santana (zona norte).

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Os serviços, comandados pela Covisa (Coordenação da Vigilância em Saúde), órgão da Secretaria Municipal da Saúde, incluem a prevenção a doenças como febre amarela, dengue, zika e chikungunya, o combate a pragas urbanas, como ratos, pombos e escorpiões, a vacinação de animais domésticos, a fiscalização sobre as condições de higiene e validade na venda de alimentos e o controle de epidemias.

Segundo o Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo), 2.400 trabalhadores atuam no setor. "É um trabalho eminentemente de campo, com visitas de prevenção e de pulverização em bairros e a fiscalização de comércios", afirma o secretário-geral do Sindsep, Antônio Carlos de Lima. "Os trabalhadores estão mais concentrados em atividades burocráticas", afirma.

Os servidores estão preocupados com a vacinação antirrábica, que começa na segunda-feira (21). "No ano passado, em duas semanas de campanha vacinamos 43,5 mil animais", diz Lima. Para Oswaldo Tanaka, professor de saúde pública da USP, a Vigilância é fundamental na prevenção de doenças. "É quando o poder público sai em busca dos problemas."

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A Suvis de São Mateus (zona leste) precisou, nesta terça (16) de um carro cedido pela Covisa para fazer o atendimento emergencial de um caso de suspeita de chikungunya na região. A informação foi dada por um funcionário que pediu para não ser identificado. Quando há suspeita da doença, eles fazem uma varredura na região onde mora o paciente em busca de focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor.

A supervisão tinha 15 carros usados por 120 funcionários para o atendimento da região, onde moram em torno de 600 mil pessoas. Do total, 96 atuam em ações contra focos de transmissão de doenças.

OUTRO LADO

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A Secretaria de Saúde da gestão João Doria (PSDB) afirma em nota que a Covisa "está iniciando um processo de modernização do modelo de locação de veículos". O objetivo, segundo a administração, é "permitir controle eletrônico das viagens e geolocalização dos veículos".

Diz ainda que está "adotando as ações administrativas para a adesão, quando cabível, ao modelo de transporte por aplicativo, para que as atividades da unidade não sejam afetadas".

A secretaria não respondeu a perguntas sobre o prazo em que a mudança será feita nem se a transição de modelo pode causar algum problema de descontinuidade nas ações de combate a doenças e na vacinação de cães e gatos. A Gocil disse que não se manifestaria sobre o assunto.

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