SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O plenário da Câmara Municipal de São Paulo segue ocupado na manhã desta quinta-feira (9), um dia após 70 integrantes de diversos movimentos sociais invadirem o espaço com bandeiras e cartazes.
Os manifestantes protestam contra o pacote de privatizações pretendido pelo prefeito João Doria (PSDB). Os planos do tucano preveem a concessão à iniciativa privada de parques e cemitérios. Também está prevista a venda do autódromo de Interlagos e do complexo do Anhembi. Parte dos projetos já foi aprovada em primeira votação na câmara.
"Não vamos aceitar propostas de privatização sem que a população seja ouvida. Exigimos um plebiscito", disse Gabriela Ferro, representante do Movimento Juntos.
O grupo também exige a revogação das restrições impostas ao uso do passe livre estudantil. O benefício sofreu corte de oito embarques em 24 horas para até quatro embarques num período de duas horas em duas vezes ao dia.
A manifestação segue pacífica. Estão no local representantes do Movimento Juntos, Une (União Nacional dos Estudantes), DCE (Diretório Central de Estudantes) da USP e Passe Livre.
O presidente da Câmara Municipal, o vereador Milton Leite (DEM), aliado de Doria, recebeu uma comitiva nesta quarta, mas não houve acordo.
Em nota, a Câmara Municipal informou que a Procuradoria do Legislativo solicitou à Justiça a reintegração de posse do plenário.
A segurança do espaço não precisou ser reforçada. A mesma equipe de rotina, que é composta por 77 guardas-civis metropolitanos e 18 policiais militares, acompanham os desdobramentos da ocupação.
Apesar do ato, os trabalhos do legislativo municipal não foram afetados. As sessões têm sido realizadas no salão Nobre.
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