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Falha para vigiar Abdelmassih alertou agentes

ROGÉRIO PAGNAN SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um caso emblemático que deixou agentes de segurança em alerta por falhas no monitoramento de tornozeleiras eletrônicas envolveu o ex-médico Roger Abdelmassih, 73. Condenado a 181 anos por estupros de pacientes d

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 09.08.2017, 07:35:08 Editado em 09.08.2017, 07:35:08
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ROGÉRIO PAGNAN

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um caso emblemático que deixou agentes de segurança em alerta por falhas no monitoramento de tornozeleiras eletrônicas envolveu o ex-médico Roger Abdelmassih, 73.

Condenado a 181 anos por estupros de pacientes de sua clínica, ele conseguiu da Justiça em junho deste ano uma autorização para cumprir sua pena em prisão domiciliar.

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Abdelmassih foi para um apartamento de alto padrão no Jardim Paulistano, na zona oeste, onde moram a mulher dele e os dois filhos do casal.

A partir do momento em que chegou em casa, o equipamento do ex-médico passou a enviar informações de que ele poderia estar fugindo. O sinal indicava que Abdelmassih estaria distante do apartamento e se locomovendo em alta velocidade.

Minutos depois, porém, quando as forças de segurança se preparavam para tentar recapturar o preso, os sinais indicavam que ele estava de volta.

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Esse tipo de problema, chamado de "saltos" de sinais (quando o aparelho perde a localização e volta em antena de celular muito distante), já é conhecido dos operadores do monitoramento.

No caso do ex-médico, foram tantos "alertas de violação" que os setores de inteligência da Secretaria da Administração Penitenciária já não conseguiam garantir se o preso -com histórico de fuga anterior- estava ou não em seu apartamento.

Diante da situação, o governo paulista cobrou uma explicação e uma solução. A empresa informou que a tecnologia utilizada nos aparelhos não era eficiente quando se tratava de locais fechados. Tinha "imprecisões na captura de posições".

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A solução seria colocar no apartamento de Abdelmassih um roteador especial, "um módulo de monitoramento residencial continuado". A resposta deixou incrédulos técnicos do governo porque o aparelho é para ser usado, em boa parte do tempo, em lugares fechados.

Assim, para garantir o funcionamento ideal, seria necessário um roteador para os outros cerca de 7.000 detentos, algo tecnicamente inviável.

Além disso, a bateria do aparelho de Abdelmassih deu alerta porque não estava devidamente carregada. Funcionários do Estado ligaram para o ex-médico, que informou ser problema do equipamento, já que estava com o dispositivo na tomada.

Um funcionário da secretaria foi enviado ao apartamento de Abdelmassih para a troca da tornozeleira. Após análise do dispositivo, foi confirmado que ele só conseguia recarregar a bateria em 10% da carga total.

O ex-médico está internado atualmente no hospital Israelita Albert Einstein e ainda continua com a tornozeleira eletrônica.

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