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Caetano Veloso completa 75 anos nesta segunda; relembre sua trajetória

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No dia sete de agosto de 1942, nascia em Santo Amaro da Purificação, pequena cidade do Recôncavo Baiano, próxima de Salvador, Caetano Emanuel Vianna Telles Velloso. O artista, que completa 75 anos nesta segunda (7), é o quinto

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.08.2017, 15:25:08 Editado em 07.08.2017, 15:25:08
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No dia sete de agosto de 1942, nascia em Santo Amaro da Purificação, pequena cidade do Recôncavo Baiano, próxima de Salvador, Caetano Emanuel Vianna Telles Velloso.

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O artista, que completa 75 anos nesta segunda (7), é o quinto dos sete filhos de José Telles Velloso (1901-1983), o seu Zezinho, funcionário público do Departamento de Correios e Telégrafos, e de Claudionor Vianna Telles Velloso, a Dona Canô (1907-2012).

CASAMENTO E FILHOS

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Em 20 de novembro de 1967, Caetano se casou com Dedé Gadelha em uma cerimônia hippie, em Salvador. Na época, os trajes dos noivos chamaram a atenção: ele vestia uma blusa laranja de gola rolê e ela túnica branca curta com capuz forrado em tom rosa. No lugar do buquê, a noiva segurava flores de papel crepom colorido. Juntos, eles tiveram tiveram Moreno (44).

Atualmente, o músico é casado com a produtora Paula Lavigne, 48, com quem tem os filhos Zeca, 25, e Tom, 20. Os dois romperam em 2004, após quase 20 anos de casamento, mas voltaram em 2016.

Quando se separaram, Paula derrubou o portão da garagem do flat para onde Caetano havia se mudado -o porteiro disse que ela não tinha autorização para entrar. "Acelerei. É o meu lado maluco, arrogante. Não acho bacana ter derrubado o portão", disse à Folha de S.Paulo na época.

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Paula e Caetano se conheceram quando ela era adolescente nos bastidores de uma peça de teatro no fim dos anos 80. Quando começaram a se relacionar, Paula tinha 16 anos e Caetano, 43.

TROPICALISMO

Caetano foi um dos percursores do Tropicalismo, movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968 junto de Tom Zé, Gal Costa, Nara Leão, Os Mutantes, Torquato Neto, Rogério Duarte, Capinan, Júlio Medaglia e Rogério Duprat. Na época, o grupo procurou universalizar a linguagem da MPB, incorporando elementos da cultura jovem mundial, como o rock, a psicodelia e a guitarra elétrica.

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NOME DA IRMÃ

Inspirado numa música de Nelson Gonçalves, foi Caetano quem escolheu o nome da irmã mais nova, a também cantora Maria Bethânia, que nasceu no dia 18 de junho de 1946. Na época, Gonçalves fazia sucesso com a canção "Maria Betânia".

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MACONHA

Em março de 2017, Caetano viajou ao Uruguai, onde o consumo recreativo de maconha é permitido, e gravou um vídeo defendendo a legalização das drogas.

O registro foi publicado na rede social Instagram de sua mulher, Paula Lavigne. "Tenho horror a maconha. Experimentei nos anos 60 e odiei, detestei. Mas eu sou a favor da liberação e legalização da maconha. Aliás, de todas a drogas", disse o músico.

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BIOGRAFIA

Caetano foi tema de uma biografia não autorizada escrita por Carlos Eduardo Drummond e Marcio Nolasco –embora o artista estivesse ciente o tempo todo de sua feitura.

A obra, fruto de uma pesquisa de 20 anos, que foi engavetada em 2004, foi finalmente lançada em 2017 pelo selo Seo Man, da editora Pensamento. Caetano não se opôs a nenhuma das informações do livro, mas o atacou com uma frase constrangedora aos autores: segundo seu entendimento, ele seria de "baixa qualidade literária". ÁLBUNS, LIVROS E FILMES

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Ao todo, Caetano lançou 57 discos e escreveu quatro livros ("Alegria, Alegria" e "Verdade Tropical", ambos de 1997, "Letra Só", de 2003, e "O Mundo Não é Chato", de 2005. Em 1986, dirigiu "Cinema Falado". A obra é, na definição de seu autor, "quase 100% composto de falações ou teóricas ou poéticas ou poético-teóricas, mas ditas em meio a uma ação relativamente indefinida e mais ou menos indiferente ao que o texto está dizendo".

Caetano também foi tema de dois documentários, "Os Doces Bárbaros" (1997) e "Coração Vagabundo" (2009).

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De Jom Tob Azulay, o primeiro é um relato da turnê realizada em 1976 por Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia, quando chegavam a dez anos de carreira.

Já o segundo, dirigido por Fernando Grostein Andrade, "Coração Vagabundo", foi lançado em 2009 e mostra a intimidade de Caetano durante turnê "A Foreign Sound" pelo Brasil, pelo Japão e pelos EUA. Diante da câmera, ele se prepara nos bastidores e faz confissões.

O cantor afirmou que não palpitou no corte das 57 horas originais de gravação, nem na cena em que aparece nu. Destaque para a participação dos cineastas Pedro Almodóvar e Michelangelo Antonioni.

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CRASE, 'UM ERRO CHATO, QUE EU NÃO GOSTO'

Um vídeo em que que Caetano dá uma bronca na equipe que cuida de suas redes sociais fez sucesso em 2015. O motivo? A gravação mostra o músico dando uma aula de como usar crase.

Na época, em sua página no Facebook, um acento grave foi publicado fora do lugar na expressão "homenagem à Bituca [apelido de Milton Nascimento] (sic)", erro que irritou o cantor.

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"O 'a' é apenas a preposição nesse caso. Bituca não é uma mulher, nem um nome em que você pode usar o artigo feminino antes", explicou. A composição correta seria "homenagem a Bituca". "Um erro chato, que eu não gosto. Um erro que eu acho idiota. Até os linguistas estimulam, dizendo que não se deve ligar para a crase. Nada disso! Tem que saber português e saber trabalhar bem a língua no Brasil."

AMIGOS E FACULDADE

Em 1963, Caetano ingressou na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia. Lá, foi apresentado a Gilberto Gil pelo produtor Roberto Santana, e também iniciou amizade com Gal Costa e Tom Zé. Dois anos depois, conheceu João Gilberto.

Abandonou a faculdade e acompanhou sua irmã Bethânia, que fora convidada para ir ao Rio substituir a cantora Nara Leão no show "Opinião". Em 1998, recebeu o título de doutor Honoris Causa pela mesma.

RECONHECIMENTO

Caetano acumula prêmios e reconhecimento no Brasil e no mundo. Em 2002, foi eleito pelo jornal americano "The New York Times" como um dos maiores compositores do planeta no século XX.

Seis anos depois, em 2008, a revista "Rolling Stone", o elegeu como o quarto maior artista da música brasileira de todos os tempos –atrás apenas de Tom Jobim, João Gilberto e Chico Buarque.

EXÍLIO

Por causa da ditadura militar, Caetano viveu exilado em Londres, no Reino Unido, de 1969 a 1972. De lá, lançou o disco Caetano Veloso (1971) com canções compostas em inglês.

No repertório, seis canções escritas em inglês -entre elas, "London, London" e "Maria Bethânia"- e uma recriação de "Asa Branca", de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. retorna ao Brasil em 1972 com o dico "Transa".

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