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Chanceleres do Mercosul suspendem Venezuela do bloco econômico

SILAS MARTÍ SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No dia seguinte à polêmica instalação da Assembleia Constituinte em Caracas, chanceleres dos países fundadores do Mercosul decidiram por unanimidade suspender a Venezuela do bloco em reunião neste sábado, em São Pa

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.08.2017, 13:25:03 Editado em 05.08.2017, 13:25:03
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SILAS MARTÍ

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No dia seguinte à polêmica instalação da Assembleia Constituinte em Caracas, chanceleres dos países fundadores do Mercosul decidiram por unanimidade suspender a Venezuela do bloco em reunião neste sábado, em São Paulo. Essa é a sanção máxima prevista no estatuto do grupo que pode ser aplicada contra um país que deixa de respeitar a ordem democrática.

Reunidos na sede da prefeitura paulistana e liderados pelo ministro das Relações Exteriores brasileiro, Aloysio Nunes Ferreira, os chanceleres do bloco lembraram que a decisão de aplicar a sanção é uma medida extrema tomada depois do fracasso de tentativas de diálogo com o governo do ditador Nicolás Maduro.

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Essa é a segunda suspensão a Caracas tomada pelo bloco. O país comandado por Maduro havia sido suspenso em dezembro do ano passado e acumula agora, portanto, duas suspensões, permanecendo de fora de todos os órgãos de atuação do grupo.

Embora uma escalada no tom contra o país tenha marcado os últimos dias, em especial por parte da Argentina, onde o presidente Mauricio Macri chegou a sugerir uma "suspensão definitiva" de Caracas, a decisão tomada em São Paulo não configura um passo anterior à expulsão da Venezuela dos quadros do Mercosul. É, no entanto, uma reação ao silêncio do governo de Maduro, que acaba de nomear Jorge Arreaza, ex-vice-presidente e genro de Hugo Chávez, para o posto de chanceler do país. Em 21 de julho, depois de uma reunião de cúpula do Mercosul em Mendoza, na Argentina, o bloco enviou uma nota a Caracas pedindo esclarecimentos sobre a ruptura da ordem constitucional no país caribenho.

O processo está embasado na cláusula democrática do Protocolo de Ushuaia, que obriga países-membros a fazer uma consulta ao país onde a ordem institucional está ameaçada.

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Manifestações contra o ditador Nicolás Maduro já deixaram mais de cem mortos na Venezuela desde abril, sendo pelo menos 14 em protestos contra a votação da Assembleia Constituinte.

Empossado na última sexta, num processo denunciado por fraudes, o grupo deverá reescrever a Constituição venezuelana e reger Caracas por tempo indefinido. Os Estados Unidos, a União Europeia e nações sul-americanas, entre elas o Brasil, indicaram que não reconheceriam essa manobra de Maduro para tentar se manter no poder. Em nota, o Itamaraty afirmou que o país caribenho passa por uma "ruptura da ordem constitucional".

A ex-chanceler Delcy Rodríguez foi eleita a presidente da Constituinte, que deverá reescrever a Constituição do país e já destitui a procuradora-geral do país, Luisa Ortega Diaz, do cargo.

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