NATÁLIA CANCIAN
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A produção do antibiótico Benzetacil (penicilina G. benzatina) está temporariamente suspensa no país, informou a empresa Eurofarma, detentora oficial da marca.
O medicamento injetável é indicado para tratar casos de sífilis, entre outras infecções.
Em nota, a Eurofarma afirma que a suspensão ocorreu para "implantação de melhorias" em testes de validação dos produtos -processo que compara parte das unidades produzidas e é utilizado para assegurar que o medicamento atende a todas as especificações exigidas.
A previsão é que a produção, interrompida desde o início deste mês, seja retomada até outubro deste ano.
Segundo a empresa, a medida não afeta os produtos já disponíveis no mercado, "que atendem todos os padrões de eficácia e segurança" e as unidades em estoque podem ser utilizadas normalmente até a data de validade na embalagem.
Além da Eurofarma, ao menos outras três empresas fabricam o produto no país: a Fundação para Remédio Popular, o Teuto Brasileiro S/A e a Novafarma.
Nos últimos anos, o país viveu um desabastecimento de penicilina, o que colaborou para aumento nos casos de sífilis. Problemas de fornecimento da droga também se repetiram em outros países. O motivo é que poucos laboratórios no mundo produzem a droga e o fazem em pequena quantidade --o medicamento não tem patente e, por isso, gera pouco lucro.
O Ministério da Saúde informa que tem estoque garantido de penicilina para atender aos pacientes com sífilis no país até o segundo semestre de 2018.
No início deste ano, uma medida provisória permitiu o aumento do preço da penicilina benzatina. À época, o Ministério da Saúde disse que o objetivo era estimular a produção nacional e assegurar abastecimento do mercado.
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