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Ministério da Saúde irá alterar modelo de tratamento de hepatite C no SUS

NATÁLIA CANCIAN BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Ministério da Saúde irá alterar o modelo de tratamento de hepatite C para pacientes da rede pública. As mudanças foram anunciadas nesta quinta-feira (27). A ideia é passar a ofertar a terapia composta pelos m

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.07.2017, 17:30:10 Editado em 27.07.2017, 17:30:10
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NATÁLIA CANCIAN

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Ministério da Saúde irá alterar o modelo de tratamento de hepatite C para pacientes da rede pública. As mudanças foram anunciadas nesta quinta-feira (27).

A ideia é passar a ofertar a terapia composta pelos medicamentos sofosbuvir, daclatasvir e simeprevir para todos os pacientes diagnosticados com a doença, independentemente do grau de comprometimento do fígado.

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Hoje, esses medicamentos são utilizados no SUS apenas para portadores de HIV, pessoas que passaram por transplantes ou pacientes mais graves -caso daqueles hoje chamados de F3 e F4, categorias mais avançadas na classificação utilizada para medir os danos no fígado devido à doença.

Agora, a proposta é passar a incluir os pacientes diagnosticados com graus mais leves, que hoje utilizam outros medicamentos com menor chance de cura.

Pacientes diagnosticados como F2 passarão a ser atendidos já a partir do primeiro semestre de 2018. A estimativa é que 80 mil a 90 mil pessoas estejam nesse grupo.

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Em seguida, no segundo semestre, seriam incluídos os pacientes com graus F0 e F1, casos geralmente assintomáticos.

Conhecida como uma doença silenciosa, a hepatite C costuma apresentar poucos sintomas. Em casos mais graves, pode levar complicações como cirrose e câncer de fígado.

A mudança no protocolo ocorre diante do avanço no tratamento de pacientes indicados para receber os medicamentos sofosbuvir, daclatasvir e simeprevir, incorporados ao SUS em 2015.

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Segundo a pasta, esses medicamentos apresentam chance de cura de 90%. Já os anteriores, que eram remédios antivirais combinados ao interferon, tinham índice de cura de 47%.

"Era injusta essa situação de só tratarmos [com a melhor terapia] as pessoas que estavam graves", afirma a diretora do departamento de HIV, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken.

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Com a mudança, a estimativa é passar a oferecer o tratamento para cerca de 135 mil pessoas diagnosticadas com hepatite C até o fim de 2018.

Destas, cerca de 2.500 são de pacientes de graus mais altos de comprometimento do fígado e que ainda estão na fila para tratamento. A expectativa é que essa fila seja zerada até o fim deste ano.

Segundo Benzaken, a mudança na oferta também ocorre diante de uma mudança no modelo de pagamento desses medicamentos, a qual passa a ser condicionada à cura do paciente.

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A estratégia é semelhante à adotada em outros países, como Austrália e Portugal.

OUTROS MEDICAMENTOS

Além da mudança nas indicações, a pasta também anunciou que passará a ofertar na rede pública novos medicamentos contra hepatite C.

Trata-se de uma combinação de ombitasvir, paritaprevir, ritonavir e dasabuvir, indicada para pacientes com o tipo 1 do vírus da hepatite C.

O governo, porém, não informou qual a quantidade que deverá ser ofertada. A previsão é que estejam disponíveis até o fim deste ano.

Em 2016, foram registrados 27.358 casos de hepatite C, número semelhante o registrado em 2015. A transmissão ocorre principalmente por meio do contato com sangue contaminado, como em transfusão de sangue ou no compartilhamento de objetos de uso pessoal como agulhas de tatuagem, alicate e tesouras.

"Há muitas pessoas que se infectaram até dentro dos serviços de saúde no passado, porque não se sabia da hepatite C", completa Benzaken, que recomenda que pessoas acima de 40 anos que passaram por cirurgias no passado façam o teste rápido no SUS para hepatite C.

A doença também pode ser transmitida por contato sexual, em caso de sexo desprotegido, ou de mãe para filho, na gravidez ou parto.

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