SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira (26) que quer expulsar de Israel a emissora Al Jazeera, com sede no Qatar, após as recentes tensões envolvendo a Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém.
"A emissora Al Jazeera continua incitando a violência", indicou Netanyahu sobre as tensões surgidas nos últimos dias na Esplanada.
"Apelei várias vezes às agências de aplicação da lei para fechar o escritório da Al Jazeera em Jerusalém. Se isso não for possível por questões legais, então vou procurar que adotem a legislação necessária para expulsar a Al Jazeera de Israel".
Jerusalém tem vivido um dos períodos mais tensos dos últimos anos após palestinos protestarem contra as medidas de segurança impostas pelo governo israelense nas entradas da Esplanada das Mesquitas, um dos lugares mais sagrados para os muçulmanos. Os eventos tem sido amplamente reportados pela mídia, incluindo a Al Jazeera.
O aumento das tensões e a morte de três israelenses e quatro palestinos após os confrontos na sexta-feira e no sábado provocaram preocupação internacional.
Em nota, a Al Jazeera condenou "as acusações arbitrárias e as declarações hostis" de Netanyahu. "A emissora", prossegue a nota, "reitera que continuará cobrindo os eventos nos territórios palestinos ocupados e em outros lugares de forma objetiva e profissional".
A emissora também é alvo de ameaças dos países do Golfo que romperam recentemente relações com o Qatar. Numa lista de 13 exigências para a retomada de relações com o governo do Qatar, eles impuseram o fechamento da rede de TV.
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