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Israel remove detectores de mesquitas, mas palestinos mantêm boicote

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Israel removeu os detectores de metal das entradas da Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha de Jerusalém, substituindo-os por câmeras, na esperança de pôr fim a dias de tumultos e violência, mas autoridades muçulmanas pedir

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.07.2017, 20:45:02 Editado em 26.07.2017, 17:13:45
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Israel removeu os detectores de metal das entradas da Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha de Jerusalém, substituindo-os por câmeras, na esperança de pôr fim a dias de tumultos e violência, mas autoridades muçulmanas pediram aos fiéis nesta terça-feira (25) que continuem boicotando o lugar.

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Israel instalou os detectores em pontos de acesso do local sagrado muçulmano depois que dois policiais foram mortos a tiros no dia 14 de julho, desencadeando os confrontos mais violentos entre israelenses e palestinos em anos.

O aumento nas tensões e as mortes de três israelenses e quatro palestinos em episódios de violência na sexta e no sábado provocaram preocupação em todo o mundo e deram ensejo a uma sessão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas na qual se discutiram maneiras de resolver a crise.

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O primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah, e o clérigo muçulmano responsável por supervisionar a Esplanada das Mesquitas rejeitaram as novas medidas israelenses e exigiram que todas sejam retiradas.

"Rejeitamos todos os obstáculos que restrinjam a liberdade de culto e exigimos a volta da situação em que as coisas estavam antes de 14 de julho", disse Hamdallah em seu gabinete em Ramallah, na Cisjordânia.

O Waqf, organismo religioso que administra os bens muçulmanos em Jerusalém Oriental, disse que os fiéis continuarão mantendo distância da praça elevada de mármore e rocha e orando nas ruas do lado de fora.

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Há dez dias, em sinal de protesto, centenas de muçulmanos decidiram realizar suas orações do lado de fora. Nesta terça, as forças de segurança israelenses mantinham sua vigilância no local.

"Não haverá ingressos na mesquita de Al-Aqsa, na Esplanada, até que um comitê técnico do Waqf avalie a situação e que tudo volte ao que era antes de 14 de julho", afirmam as autoridades muçulmanas em uma nota.

"Não entrarei na mesquita de Al-Aqsa até que a situação volte ao normal (...), sem câmeras de segurança, sem controles, sem detectores de metal", disse Widad Ali Nasser, uma mulher que rezava nesta terça-feira perto de uma das entradas.

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"Este movimento é um movimento das ruas", ressaltou o xeque Raed Dana, que integra o Waqf.

ACORDO COM A JORDÂNIA

A decisão do governo de Israel foi anunciada após discussões com a Jordânia, encarregada de administrar os lugares santos muçulmanos em Jerusalém.

Em paralelo, as autoridades jordanianas anunciaram que vão permitir o retorno para Israel de um diplomata israelense acusado de ter matado dois jordanianos.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou nesta terça-feira (25) que manterá a suspensão de diálogo com Israel até que a situação na Esplanada das Mesquistas retorne ao que era antes da instalação dos detectores.

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