SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (21) que irão proibir cidadãos americanos de viajar a turismo para a Correia do Norte.
A decisão foi tomada após a morte do estudante americano Otto Warmbier, 22, preso no país asiático em 2016 acusado de roubar um cartaz de propaganda.
O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, autorizou a decisão depois de "crescentes preocupações pelo grave risco de prisão e detenção de longo prazo" na Coreia do Norte, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert.
A proibição deve ser publicada no Registro Federal (o diário oficial americano) na semana que vem e entrar em vigor um mês depois.
De acordo com Nauert, as pessoas que desejam viajar à Coreia do Norte para "determinados fins humanitários ou outros tipos" podem solicitar um passaporte especial ao governo americano.
Mais cedo, agências de turismo que operam viagens para a Coreia do Norte anunciaram terem sido informadas sobre a proibição.
"Qualquer cidadão dos EUA que viajar para a Coreia do Norte terá o seu passaporte invalidado pelo governo", afirmou um porta-voz da agência de turismo Young Pioneer Tours à agência de notícias Reuters.
O presidente Donald Trump acusou a Coreia do Norte de ser um "regime brutal" após a morte do estudante Warmbier.
Ele havia sido condenado no país asiático a 15 anos de trabalhos forçados e foi extraditado em coma em junho. Ele morreu poucos dias após chegar aos EUA.
A Coreia do Norte afirma que o estudante contraiu botulismo e entrou em coma após ingerir o remédio. Os médicos americanos e a família de Warmbier rejeitam a versão e culpam os maus tratos na prisão pela morte.
O caso elevou ainda mais as tensões entre Washington e Pyongyang. Trump afirmou estar decidido a impedir que "outros inocentes sofram tais tragédias". Três cidadãos americanos seguem detidos no país asiático.
Centenas de americanos estão entre os 4.000 a 5.000 turistas ocidentais que visitam a Coreia do Norte todos os anos.
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