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ATUALIZADA - Polícia faz megaoperação para prender PMs suspeitos de apoiar o tráfico no Estado

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) fazem nesta quinta-feira (29) uma megaoperação para prender quase cem PMs suspeitos no envolvimento com quadrilhas que comercializam drogas ilícita

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.06.2017, 10:15:04 Editado em 29.06.2017, 10:15:04
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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) fazem nesta quinta-feira (29) uma megaoperação para prender quase cem PMs suspeitos no envolvimento com quadrilhas que comercializam drogas ilícitas. Também estão no alvo da polícia mais 70 traficantes. Mandados de busca e apreensão também estão sendo cumpridos na ação, batizada de Operação Calabar.

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A investigação, iniciada em fevereiro do ano passado, está sob o comando da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.

De acordo com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, os policiais investigados recebiam dinheiro em troca para não coibir o tráfico de drogas na região.

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Foram utilizadas interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, que flagraram os policiais utilizando telefones particulares e outros sem identificação de cadastro nas negociações com os traficantes.

De acordo com a denúncia, "restaram amplamente comprovadas, sendo finalmente apurado que boa parte do efetivo do 7º BPM (São Gonçalo) constituiu uma organização criminosa, dividida em núcleos, para fins de praticar crimes de corrupção ativa, entrega, venda e fornecimento de armas de fogo e crime de corrupção passiva militar, previstos no Código Penal Militar".

Os traficantes, por outro lado, pagavam o chamado "arrego", uma espécie de propina aos PMs para inibir operações policiais nas favelas. Entre os traficantes denunciados está Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, que apesar de não ser um líder direto em São Gonçalo, recebia, segundo o Gaeco, recursos do tráfico local. Também foram denunciados Shumaker Antonácio do Rosário, o "Schumaker", e Érico dos Santos Nascimento, o "Farme", considerados líderes locais.

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Os traficantes devem ser responsabilizados criminalmente por associação ao tráfico e corrupção ativa. Também foi identificada a participação de outras cinco pessoas que faziam a intermediação no esquema de propina entre os agentes e os traficantes.

INVESTIGAÇÕES

A investigação teve início em 2016, após a prisão de um homem flagrado com dinheiro oriundo de comunidades controladas pelo tráfico de São Gonçalo que seria entregue a PMs.

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O suspeito, por meio de delação premiada, auxiliou as investigações que revelaram as relações criminosas mantidas entre traficantes e policiais lotados no 7º BPM.

Entre os policiais denunciados estão integrantes de equipes de pelo menos sete Grupamentos de Ações Táticas (GATs), do Serviço Reservado (P2), dos Destacamentos de Policiamento Ostensivo (DPOs) do Salgueiro, Santa Luzia, Santa Izabel, Jockey, Jardim Catarina, Ocupação Coruja, Alto dos Mineiros, Shopping São Gonçalo, entre outras unidades.

O nome Calabar faz referência a Domingos Fernandes Calabar, considerado o maior traidor da história do país. Senhor de engenho no século 17, Calabar se aliou aos holandeses quando eles invadiram Pernambuco, numa época em que o Brasil era colônia de Portugal. Como era um grande conhecedor do território pernambucano, Calabar teria prestado apoio em particularmente todas as conquistas holandesas no país.

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