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Acusado de crimes sexuais, 'número três' do Vaticano tira licença

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após ser acusado pelas autoridades australianas de múltiplos crimes sexuais, o cardeal Geroge Pell, tesoureiro do Vaticano, o terceiro cargo mais importante na hierarquia da Santa Sé, negou nesta quinta-feira (29) as acusações

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.06.2017, 09:10:08 Editado em 29.06.2017, 09:10:09
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após ser acusado pelas autoridades australianas de múltiplos crimes sexuais, o cardeal Geroge Pell, tesoureiro do Vaticano, o terceiro cargo mais importante na hierarquia da Santa Sé, negou nesta quinta-feira (29) as acusações e anunciou ter tirado licença para responder à Justiça.

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"Por meses, tem havido um incessante assassinato de caráter", afirmou Pell, 76. "Estou ansioso para finalmente comparecer ao tribunal, sou inocente dessas acusações, elas são falsas. Toda a ideia de abuso sexual é abominável para mim."

O cardeal, que deverá comparecer a uma corte na Austrália em 18 de julho, disse que pretende retornar às suas funções no Vaticano após o fim do processo.

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Em nota, o Vaticano disse que o papa Francisco "aprecia a honestidade" de Pell e é "grato a ele por sua dedicação enérgica às reformas administrativas" da Igreja.

Na quarta-feira (28), o cardeal se tornou a mais importante autoridade da Igreja a enfrentar acusações de crimes sexuais. As acusações são um novo e duro golpe contra o papa Francisco, cuja política de "tolerância zero" com relação a abusos sexuais praticados por membros da igreja já sofreu abalos.

Durante anos, Pell enfrentou alegações de que teria encoberto casos de abuso praticados por religiosos quando era arcebispo de Melbourne e, mais tarde, de Sydney.

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O cardeal já havia se apresentado três vezes perante uma comissão, uma vez pessoalmente e outras duas em vídeo, durante as quais ele admitiu ter falhado ao lidar com padres pedófilos no Estado de Vitória nos anos 1970.

No ano passado, Pell reconheceu, num dos depoimentos à comissão, que a Igreja cometeu "enormes erros" ao permitir que milhares de crianças fossem estupradas e molestadas pelos sacerdotes.

Ele admitiu que também errara ao ter acreditado nos sacerdotes, e não nas pessoas que se diziam vítimas. Mais recentemente, contudo, o próprio Pell tornou-se o foco das investigações de crimes sexuais, com detetives indo ao Vaticano para interrogá-lo.

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