MAIS LIDAS
VER TODOS

Geral

ATUALIZADA - Suprema Corte dos EUA libera parte do decreto anti-imigração de Trump

ISABEL FLECK WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - O presidente dos EUA, Donald Trump, conseguiu uma vitória parcial nesta segunda (26) quando a Suprema Corte liberou, com restrições, o decreto que veta a entrada de cidadãos de seis países de maioria muçulmana e

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 26.06.2017, 21:00:09 Editado em 26.06.2017, 21:00:09
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

ISABEL FLECK

continua após publicidade

WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - O presidente dos EUA, Donald Trump, conseguiu uma vitória parcial nesta segunda (26) quando a Suprema Corte liberou, com restrições, o decreto que veta a entrada de cidadãos de seis países de maioria muçulmana enquanto delibera sobre o caso.

Os nove juízes decidiram que a proibição poderá ser aplicada apenas aos cidadãos de Síria, Líbia, Iêmen, Irã, Somália e Sudão que não conseguirem provar nenhuma "relação autêntica com uma pessoa ou entidade nos Estados Unidos". A mesma regra será usada para refugiados.

continua após publicidade

O decreto nunca entrou em vigor, pois foi suspenso por um juiz federal do Havaí na véspera da aplicação (uma versão anterior que incluía o Iraque chegou a valer por oito dias até ser suspensa por outro juiz e depois revisada).

A ordem executiva foi contestada em dois tribunais federais, e o governo perdeu os dois recursos em cortes de apelações diferentes. Os casos foram levados à Suprema Corte em 3 de junho, e as partes serão ouvidas em outubro para uma decisão definitiva.

Trump comemorou a liberação como uma "vitória para a segurança nacional" dos EUA. "[A decisão] permite que a suspensão de viagem para os seis países com inclinações terroristas e a suspensão [de entrada] dos refugiados seja aplicada amplamente", disse em comunicado.

continua após publicidade

"Como presidente, não posso permitir que pessoas entrem no nosso país para nos fazer mal. Quero pessoas que possam amar os EUA e todos os seus cidadãos, que sejam trabalhadoras e produtivas", afirmou Trump, destacando o fato de a decisão do Supremo ser unânime.

O argumento do governo para determinar o bloquei da entrada dos cidadãos desses países por 90 dias e por 120 a de refugiados é que eles representam "risco elevado" para a segurança dos EUA.

Uma das cortes de apelação decidiu que a suspensão do texto deveria ser mantida por não haver justificativa suficiente, em termos de segurança, para vetar esses imigrantes ou visitantes. O outro tribunal julgou que a proibição violava a Constituição ao discriminar muçulmanos.

continua após publicidade

A defesa jurídica feita pelo Departamento de Justiça tenta tirar o foco declarações ofensivas feitas por Trump durante a campanha eleitoral contra os muçulmanos e sustentar que o decreto não estabelece um veto ao grupo.

O decreto, que Trump chama de "versão diluída e politicamente correta" do primeiro texto, foi redigido de forma a ser menos vulnerável a questionamentos na Justiça.

continua após publicidade

Ele determina, por exemplo, que quem tem o "green card" (permissão de residência) ou um visto válido no dia da assinatura do decreto não será afetado. Isso evitaria que imigrantes com visto fossem barrados nos aeroportos.

Com a decisão da Suprema Corte, porém, todos os cidadãos dos seis países que não conseguirem comprovar que têm relação com algum familiar ou instituição (como uma universidade) nos EUA podem ter o visto negado.

"Para indivíduos, uma relação próxima é exigida. Um estrangeiro que queira entrar nos EUA para visitar ou viver com um familiar (...) terá essa relação clara", diz o texto da decisão. Já as relações com instituições devem ser "formais, documentadas" e formadas com um propósito que não o de evitar o decreto.

Pela decisão do Supremo, um grupo de defesa dos direitos dos imigrantes, por exemplo, não poderá forjar uma relação com um refugiado ou um cidadãos desses seis países para livrá-lo da proibição.

O diretor do projeto de direitos dos imigrantes da American Civil Liberties Union (Aclu), Omar Jadwat, afirma que a decisão da Suprema Corte não pode ser entendida como vitória de Trump.

"Apesar de a autorização para que uma pequena parte da proibição avançar, em termos práticos, a maioria das pessoas que seriam afetadas pelos decreto ainda poderá entrar", disse ele à rádio NPR.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Geral

    Deixe seu comentário sobre: "ATUALIZADA - Suprema Corte dos EUA libera parte do decreto anti-imigração de Trump"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!