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ATUALIZADA - Conservadores vencem, mas perdem maioria no Reino Unido, diz projeção

DIOGO BERCITO, ENVIADO ESPECIAL LONDRES, REINO UNIDO (FOLHAPRESS) - O Partido Conservador ganhou as eleições desta quinta-feira (8) no Reino Unido, mas perdeu a maioria parlamentar e precisará negociar para governar, segundo as pesquisas de boca de urna.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.06.2017, 21:25:10 Editado em 08.06.2017, 21:25:11
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DIOGO BERCITO, ENVIADO ESPECIAL

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LONDRES, REINO UNIDO (FOLHAPRESS) - O Partido Conservador ganhou as eleições desta quinta-feira (8) no Reino Unido, mas perdeu a maioria parlamentar e precisará negociar para governar, segundo as pesquisas de boca de urna.

O resultado, se confirmado, indica uma crise política e o possível atraso nas negociações do "brexit", a saída britânica da União Europeia. É preciso ter ao menos 326 assentos -metade mais um do total de 650- para formar um governo. Das 330 cadeiras que ocupa hoje, segundo as projeções, o partido da primeira-ministra, Theresa May, deverá manter 314.

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Já o rival Partido Trabalhista, liderado por Jeremy Corbyn, ganhou 37 cadeiras, passando das 229 para 266, segundo a boca de urna.

A diferença para os conservadores encolhe assim de 101 para 48. O Partido Liberal Democrata, de centro-esquerda, deve conquistar 14 cadeiras, o que o levará a ser cortejado pelos conservadores para formar a maioria.

O Partido Conservador pode também optar por governar em minoria, negociando lei por lei no Parlamento.

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Os locais de votação fecharam às 22h (18h de Brasília), e os primeiros números foram publicados logo depois.

Mas a contagem oficial continuaria noite adentro, e alguns dos distritos só devem declarar os seus resultados durante a sexta (9). No pleito de 2015, as bocas de urna subestimaram o desempenho dos candidatos conservadores em alguns distritos.

A maior perdedora da eleição, se a apuração confirmar a projeção, será Theresa May, cujo objetivo, ao antecipar a votação em abril, era ampliar sua vantagem em relação ao Partido Trabalhista.

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May, que assumiu o governo no ano passado no lugar de David Cameron, queria ter uma maioria folgada entre os legisladores para negociar o "brexit", programado para ocorrer em meados de 2019.

Ao fazer a aposta e perder, a primeira-ministra pode ter empurrado o país para uma turbulência política e posto em risco o próprio cargo. A libra caiu 1,5% ante o dólar.

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O Partido Conservador sairia fragilizado na busca por um "brexit" duro, nome dado à retirada completa do Reino Unido, inclusive do mercado comum europeu. Mas não é provável que o "brexit" em si seja interrompido.

SEGURANÇA

As eleições foram realizadas sem incidentes. O aparato policial foi reforçado após uma série de atentados, incluindo um ataque na ponte de Londres que matou oito.

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As urnas foram abertas às 7h locais (às 3h em Brasília). A primeira-ministra votou em Berkshire, ao oeste de Londres, ao lado do marido.

Jeremy Corbyn, o líder trabalhista, votou em Holloway, norte da capital, onde foi recebido com loas por eleitores.

Em seu último comício, ele disse que mudou a maneira britânica de fazer política. "Demos esperança às pessoas de que as coisas não têm que ser assim, de que a austeridade pode ter fim."

Sua campanha foi mais bem avaliada do que a de sua rival. Ela se recusou a participar de um debate televisivo, o que foi interpretado como uma marca de sua distância. "Impactou-me o fato de ela ter se esquivado de aparições públicas", disse à Folha Stephen Phee, 34, que votou nos trabalhistas.

Ele afirma que, dos temas debatidos desde abril, considerava o de maior impacto para a educação.

"Se os conservadores vencerem, haverá ainda mais custos nas universidades." Um dos carros-chefe de Corbyn era trazer de volta a gratuidade das matrículas.

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