LUIZA FRANCO
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O Ministério Público Federal no Rio investiga se a Polícia Civil fluminense atuou de forma irregular na apreensão de fuzis no terminal de cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na última quinta-feira (1º).
Descrita como a maior apreensão de armas de uma só vez do país, na ação foram apreendidas 60 armas de guerra e munições. O armamento estava escondido entre cargas com aparelhos de aquecedores para piscina.
O Ministério Público Federal quer saber por que a Polícia Federal não participou da operação, já que o aeroporto internacional é área sob controle da corporação.
"A Polícia Civil tinha o dever legal de partilhar a investigação com a PF, pois a Constituição diz que transnacionalidade é da competência federal", diz o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial no Rio de Janeiro.
A Polícia Federal e a Polícia Civil do Rio de Janeiro terão cinco dias para prestar os esclarecimentos.
Em nota, a Polícia Civil disse que "agiu por absoluta preservação do interesse público" e que o teor de suas ações está no procedimento submetido ao crivo do poder judiciário estadual. Também procurada pela reportagem, a Polícia Federal não comentou a investigação.
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