SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O grupo radical palestino Hamas anunciou ter executado três homens que teriam matado, em março, um integrante do alto escalão do grupo.
Segundo o Ministério do Interior da facção, dois foram enforcados e o terceiro foi fuzilado. Centenas de pessoas assistiram às execuções.
Os três receberam sentenças de morte no domingo, depois que um tribunal militar especial, após deliberar por uma semana, considerou eles culpados de matar Mazen Faqha.
Grupos de direitos humanos locais criticaram o julgamento.
Faqha, 38 anos, foi morto na garagem de seu prédio no dia 24 de março. Segundo o Hamas, o assassino usou uma arma com um silenciador e fugiu.
Imediatamente o grupo culpou Israel pela morte e iniciou uma busca pelos assassinos.
Israel havia sentenciado Faqha nove vezes a prisão perpétua por comandar ataques suicidas no país. Em 2011, porém, ele foi libertado com outros 1.000 prisioneiros palestinos em troca de um soldado israelense.
Desde 2007, o Hamas executou 25 pessoas em seu sistema judicial.
MODERAÇÃO
No início do mês, o Hamas divulgou um documento que foi visto como uma moderação de seu discurso. Pela primeira vez, admitiu a possibilidade de um Estado palestino nos limites vigentes em 1967, antes da Guerra dos Seis Dias. No conflito, Israel conquistou a faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
Historicamente, o grupo sempre defendeu o fim do Estado de Israel e uma Palestina unificada.
A nova plataforma do grupo foi apresentada em um momento de tensões crescentes entre o Hamas e seu principal rival político, o movimento Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, apoiado pelo Ocidente.
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