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ATUALIZADA - Trump se esquiva de promessas em Israel

DANIELA KRESCH SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma visita repleta de simbolismo, mas despojada de anúncios concretos. Assim foi esta segunda-feira (22), o primeiro dia em Israel do presidente dos EUA, Donald Trump, depois de ter iniciado sua primeira viagem

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.05.2017, 20:50:05 Editado em 22.05.2017, 21:14:03
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DANIELA KRESCH

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma visita repleta de simbolismo, mas despojada de anúncios concretos. Assim foi esta segunda-feira (22), o primeiro dia em Israel do presidente dos EUA, Donald Trump, depois de ter iniciado sua primeira viagem internacional no cargo pela Arábia Saudita, no sábado (20).

Para frustração do governo do partido conservador Likud, Trump se esquivou das principais promessas de campanha e deixou no ar questões que pareciam certas para Israel, como transferência da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém ou o sinal verde para que os israelenses anexassem assentamentos judaicos no território palestino da Cisjordânia.

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As falas foram vagas, apesar de demonstrarem profunda identificação do presidente republicano com Israel.

"Reafirmamos o laço inquebrantável de amizade entre Israel e os Estados Unidos, uma amizade construída com base no nosso amor e liberdade compartilhados. Somos mais do que amigos. Somos grandes aliados", disse Trump, após encontro com o premiê Binyamin Netanyahu.

Assim que desembarcou em Tel Aviv, Trump passou a receber insinuações de que o governo israelense esperava ouvir algo mais concreto. O ministro da Educação, Naftali Bennet, do partido de extrema-direita Casa Judaica, pediu a ele que cumprisse a promessa de transferir a embaixada para Jerusalém. Ficou sem resposta.

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CIDADE VELHA

Para alguns, no entanto, não foi preciso falar nada.

A decisão de visitar a Cidade Velha teria sido uma afirmação tácita de que ele reconhece Jerusalém como capital de Israel. Trump se tornou o primeiro líder americano a visitar o local.

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Ele esteve brevemente na Igreja do Santo Sepulcro, onde, segundo a tradição católica, Jesus ressuscitou; e o Muro das Lamentações, único resquício do Templo Sagrado, ponto mais venerado para os judeus.

Nenhum líder americano se aventurara, antes, pelas ruelas estreitas e densas da cidade, palco de atentados e passível de ataques. E nenhum se expusera a um possível mal-estar diplomático com os palestinos e o mundo árabe-muçulmano em geral.

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A Cidade Velha não é considerada, pelas Nações Unidas, parte de Israel. Essa área, bem como toda Jerusalém, deveria ser internacionalizada pelo plano de Partilha de Palestina, de 1947.

No ano seguinte, no entanto, depois de uma guerra, a cidade foi dividida entre israelenses e jordanianos.

Em 1967, Israel tomou o controle de toda a cidade, que considera sua capital. Hoje, o consenso na comunidade internacional é que só a parte ocidental seria parte de Israel. A oriental, onde fica o muro, deveria ser palestina.

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Trump também repetiu que espera costurar novas negociações de paz entre israelenses e palestinos, algo em que Netanyahu não parece interessado, por temor de que seja obrigado a fazer concessões e enfrentar a fúria da ala mais à direita de sua coalizão.

"Chega de derramamento de sangue e de matança. Estou ansioso para discutir o processo de paz com o presidente palestino, [Mahmoud] Abbas" --a quem encontrará nesta terça (23), em Belém, na Cisjordânia.

O único assunto consensual, não só em Israel quanto na Arábia Saudita, foi o Irã --considerado por ambos os países como uma ameaça.

"Este momento é uma oportunidade para lutarmos juntos contra países como o Irã, que financia o terrorismo e fomenta uma violência terrível não só aqui como por todo o mundo. Os EUA e Israel têm que declarar, em uníssono, que o Irã não pode ter armas nucleares. Nunca, jamais", afirmou Trump.

GAFE

Em meio a discursos comportados, Trump cometeu uma gafe que quase roubou a cena. Ele disse que não pronunciou a palavra "Israel" ao chanceler russo Sergei Lavrov durante reunião em que revelou informações secretas que teriam saído dos serviços de espionagem israelenses, segundo a mídia dos EUA.

"Só para que você saiba, nunca mencionei a palavra e o nome 'Israel'", disse Trump em resposta a um jornalista. "Nunca mencionei isso durante a conversa. Estão todos dizendo que sim, então vocês têm outra história errada."

O lapso deixou claro que a tal informação secreta realmente saiu do país, o que os israelenses não tinham a intenção de revelar.

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