SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Dezenas de estudantes de Chibok que tinham sido sequestradas pelo Boko Haram foram liberadas neste sábado (6), depois de mais de três anos nas mãos do grupo nigeriano, informaram fontes do governo, militares e familiares.
"Posso confirmar que foram liberadas", declarou um ministro, que pediu anonimato, enquanto uma fonte militar afirmou que "ao menos 80 jovens de Chibok" foram levadas a Banki.
"Vão partir em avião a Maiduguri (capital do Estado de Borno) amanhã", acrescentou.
Enoch Mark, pai de duas jovens sequestradas, afirmou que havia sido informado. "Nos mantemos informados através do movimento 'Bring Back Our Girls' [que pede a liberação das estudantes] e de um oficial do Estado de Borno. É uma excelente notícia para nós", disse.
O BBOG informou em comunicado no Twitter que "as expectativas são grandes. Nos alegra ouvir de maneira oficial que a notícia esteja confirmada e seja certa".
Na sexta-feira, as embaixadas britânica e americana afirmaram que tinham recebido informações de que o Boko Haram planejava um sequestro de estrangeiros no eixo "Banki-Kumshe".
As ONGs, particularmente ativas na região, devastada por oito anos de conflitos, tiveram que suspender as atividades nesta área.
Em meados de abril o sequestro de cerca de 200 jovens pelo grupo completou três anos.
Noticiado por meios de comunicação de todo o mundo, o sequestro provocou uma onda de indignação da qual participaram celebridades mundiais pelas redes sociais com a hashtag #bringbackourgirls (devolvam nossas meninas).
Em outubro de 2016, 21 jovens foram liberadas, algumas das quais tinham tido bebês em cativeiro, depois de negociações entre Boko Haram e o governo, com a participação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e da Suíça.
O porta-voz da presidência, Garba Shehu, afirmou naquele momento que se estava negociando a liberação de 83 jovens, mas que seguiam detidas por outras facções do grupo.
As estudantes de Chibok se tornaram o símbolo de dezenas de milhares de pessoas que seguem detidas pelo Boko Haram, que usa sequestros em massa para recrutar combatentes.
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