SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os metroviários de São Paulo decidiram fazer uma paralisação de 24 horas na próxima sexta-feira (5) contra o aumento da jornada de trabalho. Se confirmada, essa será a terceira vez no ano que os funcionários do Metrô paulista param de trabalhar.
Alex Santana, diretor do Sindicato dos Metroviários, afirma que o Metrô quer ampliar a jornada de trabalho, de forma unilateral, prejudicando a escala de vários funcionários da companhia.
"O Metrô está aumentando a jornada com um intervalo de uma hora de forma autoritária, provocando vários transtornos aos metroviários. Por isso, a categoria faz movimento para resistir" à mudança, disse Santana. Atualmente, os funcionários do Metrô têm intervalo de meia hora dentro da jornada.
De acordo com o sindicato, a decisão da suspensão das atividades foi tomada em assembleia na noite de terça-feira (2). Contudo, uma nova assembleia será realizada nesta quinta-feira (4) para confirmar ou não a interrupção do serviço.
Em nota, o Metrô afirma que "conta com a sensibilidade e o bom senso do Sindicato dos Metroviários do Estado de São Paulo no sentido de evitar mais transtornos à população", e que já entrou com pedido de liminar na Justiça contra a paralisação.
Segundo a companhia, mais de 5.000 funcionários tiveram suas jornadas alteradas na última segunda (1º), prazo máximo concedido pela Justiça do Trabalho para a aplicação da alteração.
A empresa, ligada ao governo Alckmin (PSDB), afirma que um acordo foi celebrado entre o Metrô e a entidade sindical para manter o intervalo de alimentação em meia hora. Esse entendimento aguarda apreciação da Superintendência Regional do Trabalho e a publicação de uma portaria do Ministério do Trabalho, diz a companhia.
O Metrô paulista tem cerca de 9.200 funcionários, sendo que dois terços deles estão diretamente envolvidos na operação dos trens e estações. O serviço transporta cerca de 4 milhões de pessoas (média mensal de 2016) pelas linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha, 5-lilás e 15-prata.
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