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Após 'clima de terror', rotas de ônibus são alteradas e Rio reforça a segurança

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após a onda de violência no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense, uma empresa de ônibus desviou os itinerários de suas linhas deixando boa parte das pessoas sem transporte na manhã desta quarta-feira (3). Os coletivos da Vi

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.05.2017, 11:25:11 Editado em 03.05.2017, 11:25:14
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após a onda de violência no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense, uma empresa de ônibus desviou os itinerários de suas linhas deixando boa parte das pessoas sem transporte na manhã desta quarta-feira (3).

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Os coletivos da Viação Reginas tiveram seus trajetos alterados da avenida Brasil para a Linha Vermelha, em caráter emergencial, após um grupo de mascarados incendiar nove ônibus na região nesta terça (2).

O policiamento foi reforçado por equipes do 16º BPM (Olaria) na Cidade Alta e nos pontos da avenida Brasil onde aconteceram os ataques.

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Além dos ataques na avenida Brasil, outros coletivos foram queimados na avenida Washington Luiz, em Duque de Caxias. Os conflitos levaram ainda ao fechamento de 28 escolas, dez creches e seis espaços de desenvolvimento infantil.

Segundo a empresa, a mudança do itinerário aconteceu no início da manhã. Porém, após a constatação de que a situação na avenida Brasil estava calma, os ônibus voltaram ao trajeto original.

A Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro) diz que as empresas que perderam carros vão recorrer à Justiça por reparação aos prejuízos causados ao setor. Os ônibus destruídos não serão substituídos.

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A federação diz também que vai prestar queixa-crime contra todos aqueles que participarem ou estimularem atos de vandalismo e paralisar a circulação dos ônibus sempre que a segurança de passageiros e rodoviários estiver em risco, e comunicar a decisão ao Ministério Público Estadual.

Neste ano, segundo a Fetranspor, 51 ônibus foram destruídos por ações criminosas, superando os registros de todo o ano de 2016 -43. A cada 2,5 dias um ônibus foi incendiado em 2017.

RESPOSTA DO TRÁFICO

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O ato foi atribuído pelo governo Luiz Fernando Pezão (PMDB) como uma resposta do tráfico a uma operação da Polícia Militar pela manhã. Segundo a Secretaria de Segurança, a ação policial frustrou a invasão da favela Cidade Alta, na zona norte, por traficantes do Comando Vermelho, que pretendiam uma retomada de controle -atualmente é dominada pelo Terceiro Comando Puro.

Ao todo, 45 suspeitos foram presos e 38 armas de fogo, sendo 32 fuzis, apreendidas. Não houve registros de feridos nos incêndios, mas a ação da polícia na favela deixou dois mortos, ainda sem identificação, e três policiais feridos sem gravidade.

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O governo do Rio diz que a ordem para a retomada da Cidade Alta pela facção criminosa Comando Vermelho partiu de uma cadeia fora do Estado e foi executada por pessoas recém-egressas do sistema penitenciário. A polícia montou um cerco nos acessos da favela e frustrou a ação.

"Houve uma ação do crime organizado em que eles se falaram, pode ser pessoalmente, por WhatsApp e diversos outros meios, e se deslocaram cada um de uma favela para fazer uma ação como esta", disse Roberto Sá, secretário de segurança da gestão Pezão.

Segundo Sá, a polícia já identificou alguns mandantes da invasão. Os incêndios a ônibus teriam sido orquestrados para desmobilizar a polícia na operação e assim permitir a fuga de traficantes.

Os confrontos entre grupos de traficantes acontecem desde a noite de segunda (1°). A favela Cidade Alta é considerada estratégica pela proximidade com as principais vias de acesso ao Rio.

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