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Professor da UFF testa vacinas contra infecção hospitalar causada por bactérias

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Professor de bioquímica e biologia celular e molecular da UFF ( Universidade Federal Fluminense), Fábio Aguiar Alves, está testando vacinas contra infecções hospitalares causadas pelas bactérias Staphylococcus aureus e Pseudom

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.04.2017, 09:00:10 Editado em 29.04.2017, 09:00:13
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Professor de bioquímica e biologia celular e molecular da UFF ( Universidade Federal Fluminense), Fábio Aguiar Alves, está testando vacinas contra infecções hospitalares causadas pelas bactérias Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. As informações são da Agência Brasil.

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Os testes, com apoio de alunos de graduação e cinco outros pesquisadores, são feitos na Escola de Medicina da Universidade da Califórnia, em San Francisco, Estados Unidos.

A Staphylococcus aureus é uma bactéria encontrada frequentemente na pele e nas fossas nasais de pessoas saudáveis, mas que pode provocar desde infecções simples, como acnes e furúnculos, até doenças graves, entre elas pneumonia, meningite, endocardite, infecção generalizada, ou sepse.

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Já a Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria oportunista. Ela raramente causa doenças em um sistema imunológico saudável, mas explora eventuais fraquezas do organismo para estabelecer um quadro de infecção. Como apresenta resistência natural a um grande número de antibióticos e antissépticos, é considerada uma importante causa de infecções hospitalares.

O projeto é inédito e, conforme explicou o professor Fábio Aguiar, trará benefícios para a população mundial. “Meu objetivo é levar para o Brasil o aprendizado e tecnologia sobre a metodologia de testes com novas vacinas e drogas. Afinal, grandes indústrias farmacêuticas têm filiais no nosso país e podemos desenvolver excelentes parcerias com a universidade”, afirmou.

Vice-presidente da ANBio (Associação Nacional de Biossegurança), Cláudio Mafra, professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFV (Universidade Federal de Viçosa), informou à reportagem que “com certeza, essas vacinas vão colaborar com o processo de qualidade na assistência à saúde”.

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O professor da UFF foi convidado a trabalhar na Universidade da Califórnia por causa de estudos realizados sobre biologia molecular e Staphylococcus aureus. Depois de experimentos efetuados em camundongos, as vacinas estão sendo testadas em coelhos. Fábio Aguiar Alves disse acreditar que os estudos e resultados conclusivos devem ocorrer em cerca de três anos.

SAÚDE PÚBLICA

As IRAS (infecções relacionadas com a assistência à saúde) são consideradas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) um grave problema de saúde pública. Isso porque apresentam alta morbidade e mortalidade, repercutem diretamente na segurança do paciente e na qualidade dos serviços de saúde, além de elevar os custos de tratamento.

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De acordo com o estudo da OMS, a maior prevalência de IRAS ocorre em unidades de terapia intensiva, enfermarias cirúrgicas e alas de ortopedia. O estudo destacou que as infecções de sítio cirúrgico, do trato urinário e do trato respiratório inferior são as que mais ocorrem, principalmente em pacientes que utilizam CVC (cateter venoso central).

Cláudio Mafra citou relatório de 2015 da Anvisa ( Agência Nacional de Vigilância Sanitária), segundo o qual o número de infecções, separadas por pacientes adultos e neonatais com cateter venoso, chegou a 22.980 e 6.939, respectivamente, considerando aqueles com identificação de agente etiológico, isto é, agente causador de uma doença.

Nesses pacientes, o Staphylococcus aureus e a Pseudomonas aeruginosa registraram na UTI adultos 2.959 e 2.242 casos, respectivamente (13,2% e 10%). Na UTI neonatal, foram 697 e 262 casos das duas bactérias.

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