SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Assembleia Nacional da Venezuela, dominada pela oposição ao presidente Nicolás Maduro, abriu nesta quinta-feira (27) um processo para declarar a inconstitucionalidade da decisão do governo chavista de deixar a OEA.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores, Luis Florido, considera que o Executivo não pode decidir sozinho o abandono da organização. "Esta é uma decisão que envolve o Estado. Portanto, deve contar com a aprovação da Assembleia Nacional."
Mesmo se o plenário aprovar a moção, ela não deve ser aplicada porque a Suprema Corte declarou as decisões do Legislativo sem valor.
Nesta quinta, os parlamentares aprovaram uma declaração pedindo a antecipação da eleição presidencial, prevista para dezembro de 2018.
O texto foi compartilhado em uma rede social pelo secretário-geral da OEA, Luis Almagro, que ainda não se pronunciou sobre a saída da Venezuela da organização.
Seu chefe de gabinete, Gonzalo Koncke, disse que, com a decisão, o chavismo "transmite um sinal de debilidade em política externa."
A chanceler Delcy Rodríguez afirmou que os venezuelanos "estão festejando" a saída. "Estou feliz de não ter que ligar mais para Washington [sede da OEA] para me dizerem o que eu devo fazer."
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