SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Venezuela anunciou nesta quarta-feira (26) sua saída da OEA (Organização dos Estados Americanos) depois que o Conselho Permanente da organização aprovou uma reunião de chanceleres para discutir a crise no país.
O anúncio foi feito minutos depois que 19 dos 34 países-membros do órgão, incluindo o Brasil, darem seu respaldo ao encontro. Nele, os ministros avaliariam a chance de suspensão de Caracas por violar a Carta Democrática.
Em discurso no canal estatal VTV, a chanceler Delcy Rodríguez disse que a votação foi mais um indício da intenção da OEA de fazer uma intervenção para derrubar o presidente Nicolás Maduro, liderada pelos Estados Unidos.
Segundo a ministra, o governo chavista apresentará nesta quinta (27) a solicitação de saída, cuja duração estima em 24 meses. Ela anunciou também que o país não irá a reuniões com as nações que votaram a favor.
O encontro foi respaldado por Argentina, Barbados, Bahamas, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, EUA, Honduras, Guiana, Jamaica, Guatemala, México, Panamá, Paraguai, Peru, Santa Lúcia e Uruguai.
Para que a reunião fosse chamada, era necessária maioria simples -18 dos 34 países-membros. A aplicação da Carta Democrática contra o governo chavista, no entanto, só acontecerá se houver o apoio de 23 nações.
Dez membros foram contra: Antígua e Barbuda, Bolívia, Dominica, Equador, Haiti, Nicarágua, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Suriname e Venezuela -aliados de Maduro ou beneficiários do petróleo venezuelano.
Quatro se abstiveram: Belize, El Salvador, República Dominicana e Trinidad e Tobago. O embaixador de Granada não foi à votação. A data e o lugar onde ocorrerá a reunião de chanceleres ainda serão definidos.
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