SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Sob chuva, a Marcha pela Ciência reuniu cerca de 500 pessoas no Largo do Batata, na zona oeste de SP, na tarde deste sábado (22). O evento faz parte de um calendário mundial em comemoração ao Dia da Terra, que tem como objetivo criar ações de proteção ao meio ambiente e dar credibilidade à ciência.
No Rio de Janeiro, ao menos 150 pessoas participaram do ato em frente ao Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Elas aproveitaram o evento e fizeram críticas aos cortes no Ministério da Ciência e Tecnologia, Inovação e Comunicações que chegam a 44% do seu orçamento, o que resultou na redução de bolsas acadêmicas e investimentos em pesquisa em laboratórios.
Além de São Paulo e o Rio de Janeiro, mais de 20 cidades brasileiras aderiram ao ato.
MUNDO
Milhares de cientistas e simpatizantes de mais de 600 cidades em quase 70 países saíram às ruas neste sábado em dezenas de países em uma marcha descrita como "uma celebração da ciência", para se opor ao crescente descaso com o conhecimento baseado em evidências.
Os manifestantes se reuniram em diferentes cidades dos EUA, como Washington e Nova York, e em países como Holanda, Suíça, Áustria, França, Alemanha e Austrália.
Desde janeiro a Marcha pela Ciência vem sendo anunciada como um evento não partidário, para reafirmar "o papel vital da ciência em nossa democracia".
A manifestação também serviu de protestos contra os cortes que o presidente americano Donald Trump propôs no orçamento federal de ciência e pesquisa, e contra o ceticismo de seu governo quanto à mudança climática e o aquecimento global.
A marcha é a mais recente de uma série de manifestações que foram realizadas desde a posse de Trump, há quase cem dias -os anteriores focaram em assuntos como igualdade de gênero e direito das mulheres, aborto e imigração.
O presidente americano já chegou a afirmar que a mudança climática era uma mentira que atrasava políticas de crescimento econômico. Seu governo considera se retirar do Acordo de Paris, cujo objetivo é reduzir as emissões de dióxido de carbono e outros gases estufa. Sob Obama, os EUA assinaram o pacto junto a mais de 190 países. A Casa Branca não comentou os protestos deste sábado.
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