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ATUALIZADA - Venezuela anula ação contra Parlamento

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela reverteu neste sábado (1º) a decisão de assumir as funções do Parlamento, que foi acusada de 'golpista' e criticada por vários países da América Latina. A Justiça também suprimiu o co

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.04.2017, 13:03:00 Editado em 01.04.2017, 21:57:14
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela reverteu neste sábado (1º) a decisão de assumir as funções do Parlamento, que foi acusada de 'golpista' e criticada por vários países da América Latina.

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A Justiça também suprimiu o conteúdo de outra sentença, em que retirava a imunidade dos parlamentares.

O Supremo da Venezuela anulou ainda uma decisão que conferia ao presidente Nicolás Maduro amplos poderes para legislar em matéria de crime organizado e terrorismo. A medida retirou os poderes que havia concedido a Maduro para revisar leis contra o crime organizado, o financiamento do terrorismo e a corrupção, bem como o código penal e o código de justiça militar.

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Mais cedo, o presidente Maduro se pronunciou sobre a polêmica e pediu ao Supremo Tribunal que anulasse a decisão de retirar do Congresso seus poderes.

O anúncio ocorreu poucas horas antes da realização de protestos convocados pela oposição contra o governo e a manobra do Judiciário.

Em discurso após a reunião presidida por Maduro, o Conselho de Segurança Nacional anunciou apoio à revisão pelo tribunal "com o objetivo de manter a estabilidade institucional".

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Após evitar se falar sobre o caso em meio à polêmica decisão da Justiça, Maduro convocou a reunião do conselho buscando acalmar a tensão política gerada pela corte.

Vestido de preto e acenando um pequeno livro azul contendo a constituição venezuelana no início da reunião transmitida pela TV, Maduro comparou a condenação e a crítica internacional à decisão da Suprema Corte desta semana a um "linchamento político".

Cerca de uma dúzia de funcionários estiveram presentes na sessão, mas entre os que estavam notavelmente ausentes estava o presidente do Congresso, Julio Borges, que disse que a reunião não era mais do que um ato de circo criado para uma oportunidade fotográfica conveniente pela mesma pessoa que a oposição culpa pelos problemas do país. "Na Venezuela, o único diálogo possível é o voto", disse Borges.

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PROTESTOS

Na sexta-feira (31), tropas da Guarda Nacional dispararam tiros em estudantes protestando na frente do Supremo. Algumas pessoas foram presas e jornalistas que cobriam a manifestação tiveram suas câmeras apreendidas. Protestos menores surgiram em outras partes da capital venezuelana.

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Maiores manifestações eram esperadas para sábado, quando os líderes da oposição esperavam uma grande participação para denunciar Maduro e convocar eleições. "Todos temos que sair pela dignidade de nosso país, pela dignidade de nossos filhos e pela dignidade da Venezuela", disse Borges ao exortar os venezuelanos a participarem dos protestos.

Após se reunir com o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, em Washington, o líder opositor venezuelano Henrique Capriles atacou a medida da Justiça."Chamamos a reflexão para que o caminho democrático possa ser retomado", disse.

O governo de Maduro disse que a decisão da Suprema Corte não visava suplantar o Congresso, mas sim garantir o Estado de Direito enquanto os legisladores obstruem os esforços para adotar um orçamento e tomar decisões sobre a economia da Venezuela em meio à crise. "É falso que tenha ocorrido um golpe", disse o governo em comunicado.

Os quatro países fundadores do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) marcaram uma reunião extraordinária, na Argentina, para discutir a crise na Venezuela. O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes Ferreira Filho, defendeu decisões drásticas a respeito da medida da Justiça venezuelana, e até mesmo a expulsão do bloco, do qual o país foi suspenso em 2016.

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