SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ex-presidente da Coreia do Sul Park Geun-hye foi presa nesta quinta-feira (30), manhã de sexta-feira (31) na Coreia do Sul, após sofrer impeachment. Ela é suspeita de ter atuado com uma amiga para subornar grandes conglomerados empresariais.
O juiz que determinou a prisão de Park afirmou que "a causa e a necessidade para o mandado são reconhecidas já que as principais acusações contra ela [Park] foram verificadas e as evidências poderiam ser destruídas". Ela pode ficar detida por até 20 dias.
A sessão da Corte Distrital Central de Seul, que analisou o pedido de prisão feito pelo Ministério Público, durou oito horas e 40 minutos, a mais longa do tipo na história do país. À Corte, Park novamente negou ter atuado para subornar empresas e disse que não representa risco à investigação, pois não tentaria fugir nem destruir provas.
Ela foi levada para uma penitenciária em Uiwang, na província de Gyeonggi, a 24 km de Seul, onde também está Choi Soon-sil, a amiga acusada de extorquir doações de conglomerados como Samsung e LG, além de interferir em decisões do governo sem possuir um cargo oficial.
Park é a terceira presidente sul-coreana a ir para a prisão -nos anos 1990, Roh Tae-woo e Chun Doo-hwan foram presos por participação em um golpe de Estado em 1979.
Além de Park e Choi, assessores presidenciais e o líder do Grupo Samsung, Lee Jae-yong, também estão presos e aguardam julgamento. A investigação concluiu que Park obteve uma soma de quase US$ 70 milhões de conglomerados empresariais para duas fundações controladas por Choi em troca de favores políticos.
A Samsung, por exemplo, é acusada de pagar propina em troca da aprovação do governo de Park da fusão de duas afiliadas, em 2015.
Park pode ser condenada à prisão perpétua se for considerada culpada de ter aceitado suborno, a mais grave das acusações contra ela. Outras incluem ter permitido que sua amiga Choi interferisse em assuntos de Estado.
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