RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Cinco casos de malária foram registrados em Petrópolis, na região serrana do Rio, até março de 2017.
Comparado a anos anteriores, o número chama a atenção. Foram confirmados dois casos em 2016 e 2013 e nenhum em 2012, 2014 e 2015.
No entanto, a Prefeitura diz que a quantidade de casos é aceita dentro dos parâmetros do Ministério da Saúde, portanto, não representam riscos à população.
"A doença tem maior número de casos no verão e a incidência a partir do outono, iniciado dia 21 de março, vai ser reduzida naturalmente", diz, em nota.
Os pacientes -todos homens de idades entre 14 e 54 anos- são moradores dos bairros Independência, Quitandinha, Valparaíso e Siméria. Segundo a Prefeitura, são bairros que ficam distantes do centro da cidade, mas que têm pouca incidência de mata.
A malária é transmitida pelo mosquito do gênero Anopheles. Segundo a Prefeitura de Petrópolis, foram feitas varreduras nas casas e lugares de convívio dos pacientes para identificar possíveis focos do mosquito, que é mais comum nas regiões de mata fechada.
Até o momento nenhum foco ou mosquito da espécie foram encontrados. A coordenação de epidemiologia continua investigando os casos.
A Prefeitura orienta a população para que evite as áreas de mata fechada, trilhas, cachoeiras e áreas rurais. Caso seja necessário frequentar estas áreas, a prevenção deve ser feita com o uso de repelente. Não há vacina contra a malária.
A área endêmica da doença no Brasil compreende a região amazônica -responsável por 99% dos casos autóctones-, incluindo Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Nesses Estados, há milhares de casos por ano. Em 2015, quando houve o menor número de casos nos últimos 35 anos, houve 138.069 casos nessa região.
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