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Índios vão receber R$ 4 mi da Gol após mais de dez anos de acidente aéreo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após mais de dez anos da queda do voo 1907 da Gol no meio da floresta amazônica no Mato Grosso, uma comunidade indígena deve receber em até 60 dias uma indenização de R$ 4 milhões por danos ambientais, materiais e imateriais.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.03.2017, 08:38:00 Editado em 27.03.2017, 20:13:01
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após mais de dez anos da queda do voo 1907 da Gol no meio da floresta amazônica no Mato Grosso, uma comunidade indígena deve receber em até 60 dias uma indenização de R$ 4 milhões por danos ambientais, materiais e imateriais. O acidente aéreo matou 154 pessoas.

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O acordo extrajudicial, intermediado pelo Ministério Público Federal, foi assinado no dia 17 de março entre representantes da empresa e lideranças indígenas.

O dinheiro será depositado após a homologação administrativa do termo em uma conta bancária controlada pelo Instituto Raoni. O Ministério Público Federal e a Funai (Fundação Nacional do Índio) vão fiscalizar o uso do dinheiro.

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Segundo a alegação da comunidade indígena, a permanência dos destroços do voo inviabiliza o uso de uma grande porção de terra dentro de uma reserva indígena. De acordo com as crenças do povo caiapó, as mortes ocorridas naquele local não permitem o uso da terra para caça, pesca e habitação.

Em 29 de setembro de 2006, o Boeing da Gol se chocou com o jato Legacy da empresa americana ExcelAire, que havia decolado de sua fábrica no interior paulista, e causou a morte de 154 pessoas. Os cinco ocupantes do jato não se feriram. Embora condenados no Brasil a três anos e um mês de prisão, os dois pilotos do Legacy estão soltos nos Estados Unidos.

Logo após a tragédia, soube-se que os radares do sistema aéreo brasileiro não eram capazes de cobrir todo o território nacional e que os rádios não alcançavam os pilotos em determinadas áreas do país, naqueles "vácuos" chamados de "buracos negros" da aviação.

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Segundo investigação da Aeronáutica, a colisão do Legacy com o Boeing da Gol só foi possível graças a uma sequência de erros dos controladores de voo e ao desligamento, pelos pilotos, do sistema de transponder do Legacy, que informa ao radar do controle aéreo a altitude correta do avião e dá o sinal de alerta diante da aproximação perigosa de outra aeronave.

COMO FOI O ACIDENTE

1 - 14h51 - O Legacy partiu de São José dos Campos com destino aos EUA com uma parada em Manaus

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2 - 15h35 - Boeing da Gol partiu de Manaus para o Rio com escala em Brasília e manteve-se o tempo todo a 37 mil pés, como previsto em seu plano de voo

3 - 15h55 - Jato passa por Brasília e deveria mudar sua altitude para 36 mil pés,o que não aconteceu

4 - 16h33 - Legacy passa pelo ponto a partir do qual deveria passar para a altitude 38 mil pés e se mantém na mesma altitude do Boeing

5 - 16h56 - Aviões colidem e Boeing cai na Floresta amazônica. Todos os passageiros do Legacy pousaram em segurança

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