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Trump ameaça manter Obamacare se republicanos rejeitarem substituto

ISABEL FLECK WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - A decisão dos líderes da maioria republicana na Câmara dos EUA de adiar a votação da proposta de substituir o Obamacare levou o presidente, Donald Trump, a fazer um ultimato aos congressistas resistentes de seu

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.03.2017, 08:01:00 Editado em 24.03.2017, 12:36:17
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ISABEL FLECK

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WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - A decisão dos líderes da maioria republicana na Câmara dos EUA de adiar a votação da proposta de substituir o Obamacare levou o presidente, Donald Trump, a fazer um ultimato aos congressistas resistentes de seu partido: ou votam a favor do texto nesta sexta-feira (24), sem mais adiamentos, ou ele manterá o programa de saúde de Barack Obama como está, desistindo de enviar um projeto substitutivo para a Casa.

O recado do presidente foi dado por meio do diretor de orçamento da Casa Branca, Mick Mulvaney, no início da noite desta quinta (23).

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Horas antes, a bancada republicana havia decidido não fazer a votação prevista para mais cedo, já que não havia certeza de que o projeto, uma das principais plataformas da campanha de Trump, fosse ter o apoio necessário para ser aprovado.

Para que o texto passe para o Senado, só poderia haver 22 deserções entre os republicanos. Na tarde desta quinta, contudo, o "New York Times" contabilizava que 33 dos 237 deputados republicanos votariam contra a proposta, e 11 tinham preocupações ou tendiam a rejeitar o projeto.

Durante a manhã, na Casa Branca, Trump havia recebido novamente deputados do chamado "Caucus da Liberdade", bancada que representa a ala mais conservadora da legenda, e fez mais uma concessão ao grupo -na última segunda (20), ele já havia voltado atrás em termos do Medicaid (voltado para os mais pobres).

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Desta vez, o presidente aceitou acabar com exigências de que os planos de saúde ofereçam uma série de coberturas, como serviço emergencial, cuidado pré-natal e cobertura de doenças mentais.

Essa era uma das demandas do grupo conservador, que considera que manter a obrigatoriedade dos chamados "benefícios essenciais" é um entrave à redução dos valores dos planos de saúde.

Após a reunião, o líder da bancada, Mark Meadows, um dos mais críticos à proposta, mudou o discurso e disse que o engajamento de Trump nas negociações "talvez não encontre paralelos" na história do país. "Ainda não temos os votos dos nossos membros para a aprovação, mas diria que está sendo feito um progresso", afirmou.

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Mas nem todos do grupo pareciam felizes com a concessão. Alguns republicanos defendem ainda o fim da proibição de que planos recusem pessoas com doenças preexistentes. Também querem a revisão do artigo do Obamacare que permite a pessoas de até 26 anos ser dependentes dos seguros dos pais.

As mudanças prometidas por Trump nesta quinta também podem fazer o projeto perder mais votos de republicanos ao centro, que também se reuniram com o presidente, no fim do dia. Os moderados consideram que o texto fará muitos americanos perderem a cobertura e afetará os mais pobres.

Assim que a votação foi adiada, o CBO (Congressional Budget Office), agência ligada ao Congresso, divulgou nova projeção de que mudanças feitas no texto na segunda (20) não alteram a previsão de que 24 milhões perderão a cobertura em dez anos. Mas o corte no deficit seria de US$ 150 bilhões até 2026, e não US$ 337 bilhões, como no texto original.

Se a proposta não for aprovada nesta sexta, a opção seria fazer mudanças ainda maiores ou redigir uma nova proposta -o que Trump afirmou não estar disposto. Se passar, a batalha será dura no Senado, onde a maioria republicana é mais frágil.

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