LARA STAHLBERG
LONDRES, REINO UNIDO (FOLHAPRESS) - O aumento da segurança no rio Tamisa, na região onde ocorreram os ataques desta quarta-feira (22) foi uma das recomendações em relatório feito a pedido do prefeito de Londres, Sadiq Kahn, logo que assumiu o cargo.
O relatório, lançado em outubro do ano passado, foi feito pelo pelo Lorde Toby Harris e inclui 127 recomendações. Segundo a análise, não seria necessário aumentar o efetivo atual de 600 policiais armados.
No último domingo (19) o Serviço de Polícia Metropolitano, juntamente com os serviços de emergência, realizou o primeiro exercício conjunto ao vivo para testar a sua resposta a uma ameaça terrorista no rio Tamisa. Entre as 9 horas da manhã e 1 hora da tarde, mais de 200 atletas e policiais participaram do exercício, chamado 'Exercício Âncora'
O cenário envolveu um grupo de terroristas sequestrando um barco de passeio no Tamisa e tomando reféns e foi concebido para testar os protocolos de resposta e de comando e controle dos serviços de emergência. O trabalho foi feito para lidar com este tipo de situação num ambiente marinho. Os oficiais também usaram a oportunidade para trabalhar com cães de busca treinados marinha a bordo do navio.
"Esta foi a primeira vez que testamos juntos a resposta das várias agências que operam no Rio Tamisa a um potencial ataque terrorista", disse comandante BJ Harrington, da Polícia Metropolitana.
"Gostaria de salientar que este cenário não se baseava em nenhuma inteligência específica, mas é importante lembrar que o nível de ameaça para o terrorismo internacional no Reino Unido permanece alto. Este tipo de exercício demonstra que se um evento terrível nunca acontecer de verdade, Londres está pronta para responder da maneira mais eficiente e eficaz possível", completou.
Segundo o Lorde Harris, a qualidade e a eficiência do trabalho dos serviços de inteligência e da polícia antiterrorista estão entre as melhores do mundo. "No entanto, um ataque terrorista grave permanece altamente possível e não podemos ser complacentes. Londres precisa se tornar uma cidade onde a segurança e a resiliência são projetadas e fazem parte do tecido da cidade, e onde todos os que vivem e trabalham aqui vêem isso como sua responsabilidade, tanto quanto é para os serviços de emergência e autoridades cívicas", disse Harris quando o relatório foi lançado.
As recomendações incluem o um projeto-piloto para uso de tecnologias para que alertas sejam enviados para a população no caso de um ataque, uso de câmeras de vigilância facilmente acessíveis em caso de emergência.
Desde 2014 o Reino Unido trabalhava com risco "severo" de um ataque terrorista, considerado altamente provável.
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