SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Atendendo a pedido da Justiça francesa, o Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira (2) a suspensão da imunidade parlamentar de Marine Le Pen. Investigada por incitação ao terrorismo, a eurodeputada é a candidata da extrema direita à Presidência da França.
Desde dezembro de 2015, Le Pen é investigada por publicar imagens fortes de assassinatos feitos pela facção terrorista Estado Islâmico em uma rede social.
Nas três imagens que mostrou nas redes sociais sob o título "Isto é Daesh!" [acrônimo em árabe do Estado Islâmico], havia três homens com uniforme laranja -roupa que os extremistas obrigam seus prisioneiros a vestir.
Um deles aparece esmagado por um tanque de guerra, outro queimando em uma jaula e um terceiro decapitado, com o corpo separado de sua cabeça. Acredita-se que o terceiro seja James Foley, morto em agosto de 2014.
A publicação das fotos viola uma lei francesa que proíbe a exibição de imagens violentas ou que incitem o terrorismo. Se for condenada, ela poderá pegar até três anos de prisão e receber uma multa de até 75 mil euros (R$ 247 mil).
O caso, no entanto, não deverá ser julgado até o fim das eleições francesas. Também não permite que ela seja interrogada sobre a acusação de existirem funcionários fantasmas em seu gabinete.
Na sexta (24), ela usou sua imunidade parlamentar para se negar a prestar depoimento à polícia sobre o caso de mau uso de verbas da União Europeia. Dias antes, os agentes apreenderam documentos na sede de seu partido, a Frente Nacional, em Nanterre.
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