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Mulheres protestam contra assédio e machismo em blocos de Carnaval

SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O Carnaval no Rio e em São Paulo também ficou marcado por campanhas contra o assédio. Muitos blocos de rua aproveitaram o folia para protestar contra o machismo. No Rio, em cima do carro de som da Orques

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.03.2017, 13:09:02 Editado em 02.03.2017, 10:34:50
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SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O Carnaval no Rio e em São Paulo também ficou marcado por campanhas contra o assédio. Muitos blocos de rua aproveitaram o folia para protestar contra o machismo.

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No Rio, em cima do carro de som da Orquestra Voadora, Ju Storino, integrante do coletivo Todas por Todas discursou sobre o tema.

"Estamos comunicando que se desrespeitar, não vamos ficar caladas, vamos tirar do bloco. Cansamos de só repetir mantras contra o assédio", disse Ju Storino.

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O coletivo fez uma campanha, distribuindo adesivos com mensagens contra o o assédio no Carnaval. A iniciativa ganhou bastante adesão. Em vários blocos era possível ver mulheres e homens simpatizantes com as mensagens no corpo. "Não é porque é Carnaval que vale tudo", afirmou à Folha de S.Paulo.

Em protesto contra o assédio, Ana Paula Nogueira, 34, uma das integrantes do movimento Topless in Rio, desfilou com os seios cobertos apenas por purpurina. "Esse é o carnaval mais feminista de todos. Não é porque é festa que deve ser uma época de alienação", considera.

Fantasiada de super feminista, a artista performática Ana Cayolla lembrou da necessidade que o movimento se espalhe. "Somos um bloco mais alternativo, com mais mulheres. É importante que a mensagem chegue a outros lugares, onde as mulheres sofrem mais."

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Em São Paulo, a atriz e produtora Thaís Campos, 34, criou um método para tentar afastar o assédio nesta terça-feira (28). Ela estava de maiô e, sobre os seios, escreveu a frase "Não é não!".

"Fui ao bloco sozinha pela primeira vez, confesso que fiquei com medo. No caminho, escrevi 'não é não'. Foi uma forma de me sentir mais confortável, e bloquear os outros. Funcionou como uma espécie de escudo [contra o assédio]", diz. Ela afirma que a estratégia funcionou.

"Não é porque você sai de maiô que você está querendo algo a mais", diz.

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Jéssica (nome fictício), 33, no entanto, sofreu uma tentativa de estupro neste Carnaval. Ela participava de uma festa após o desfile de um bloco. Conheceu um rapaz e os dois se beijaram.

"Estávamos no carro, no beijando. Falei para ele que não queria transar, deixei claro. Mas, num momento de descuido meu, ele tentou forçar uma penetração", contou à reportagem, por telefone.

"Ainda estou pensando em que fazer. Não é uma coisa que vou deixar barato", explica.

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