SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente do Equador, Rafael Correa, admitiu nesta quarta-feira (22) que haverá segundo turno na sua sucessão, mas se mostrou confiante em uma vitória do aliado Lenín Moreno sobre o opositor Guillermo Lasso.
O mandatário qualificou o rival como "o candidato mais fácil de derrotar" em 2 de abril. "Não devemos esquecer seus antecedentes, sabemos os milhões que tem", disse, em referência ao passado de Lasso como banqueiro.
Ele ainda criticou a proposta de política externa do adversário. "Ele não sabe o que diz. Fala da Unasul, tentará desunir nações, que não dará mais asilo a [Julian] Assange [fundador do Wikileaks]. Tomara que o mundo reaja. Lasso é uma vergonha para todos nós."
Apesar de reconhecer a nova disputa, Correa disse que é necessário recontar os votos porque, para ele, a diferença de Moreno para Lasso é "de mais de um milhão" e que a vitória de seu partido "é contundente".
Questionado sobre uma hipotética vitória da oposição, que não acredita que possa acontecer, o presidente advertiu que pode mudar seus planos de morar na Europa após o fim de seu mandato, em maio próximo.
"Terei que estar no momento histórico que se requer, recuperar e não deixar perder o que conquistamos. Poderia ter concorrido, tenho uma responsabilidade com o país, vamos nos ver em uns anos, e voltaríamos a derrotá-los."
Com 99,18% dos votos apurados, Lenín Moreno tem 39,35% dos votos, contra 28,13 de Guillermo Lasso. O governista tem uma diferença de 11 pontos para o opositor, mas não os 40% que garantiria a vitória no primeiro turno.
Embora Correa esteja otimista, a tendência é que os votos da terceira colocada no pleito, Cynthia Vitteri, com 16,28%, devam ir para Lasso. Nenhum dos partidos ainda declarou apoio direto a quaisquer dos candidatos.
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