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Astrônomos encontram sistema planetário com sete mundos rochosos

SALVADOR NOGUEIRA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um grupo de astrônomos anunciou nesta quarta-feira (22) a descoberta de um sistema com sete planetas, dos quais todos eles, em princípio, poderiam conservar água em estado líquido em sua superfície —condição

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.02.2017, 15:45:04 Editado em 22.02.2017, 15:45:09
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SALVADOR NOGUEIRA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um grupo de astrônomos anunciou nesta quarta-feira (22) a descoberta de um sistema com sete planetas, dos quais todos eles, em princípio, poderiam conservar água em estado líquido em sua superfície —condição tida pelos cientistas como essencial para a vida. Três deles em particular parecem mais promissores para a presença de oceanos.

O anúncio foi feito em entrevista coletiva organizada pela Nasa (a agência espacial americana) e publicação simultânea na revista científica “Nature”.

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O sistema orbita uma pequena estrela localizada a cerca de 40 anos-luz da Terra, na constelação de Aquário. Chamada de Trappist-1, ela é tão pequena que tem um diâmetro apenas um pouco maior do que Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar. Seus planetas, por sua vez, têm todos porte similar ao do nosso —alguns um pouco menores, outros um pouco maiores— e passam rotineiramente à frente de sua estrela-mãe do ponto de vista de quem está na Terra. Foi graças a isso que eles foram descobertos.

No ano passado, usando um telescópio dedicado de 60 cm instalado em La Silla, chamado Trappist, os cientistas haviam descoberto três planetas. Observações subsequentes feitas com o telescópio espacial de infravermelho Spitzer, da Nasa, e com o VLT (Very Large Telescope), do ESO (Observatório Europeu do Sul), revelaram outros quatro (na verdade cinco, já que o terceiro do estudo anterior na verdade se revelou ser uma combinação do sinal de dois planetas até então não identificados).

Uma grande combinação de fatores torna a descoberta uma das mais importantes da história da pesquisa de exoplanetas até agora: a proximidade daqui, o número de planetas rochosos, a distância que cada um deles guarda de sua estrela, o tamanho diminuto do astro central e, sobretudo, a possibilidade de monitorar os chamados trânsitos planetários.

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Tudo isso favorece a possibilidade de que muito em breve —no mais tardar já no ano que vem— os astrônomos serão capazes de investigar as condições que realmente predominam nesses mundos e descobrir quais são habitáveis mesmo, se é que algum deles é.

O Telescópio Espacial James Webb, com lançamento marcado pela Nasa para o ano que vem, terá a capacidade de detectar sinais da composição da atmosfera dos planetas de Trappist-1. E talvez até mesmo o Hubble seja capaz de dizer algo a respeito deles agora.

Com isso, poderemos testar muitos de nossos modelos —e sanar muitas de nossas dúvidas— sobre a real habitabilidade de planetas de porte similar ao da Terra em torno de estrelas anãs vermelhas, astros bem menores que o nosso Sol.

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