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Suspeitas haviam sido treinadas para envenenar Kim Jong-nam, diz Malásia

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As autoridades da Malásia disseram nesta quarta (22) que as duas suspeitas de assassinar Kim Jong-nam, meio-irmão do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, haviam sido treinadas para manusear veneno. O chefe da polícia mala

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.02.2017, 09:28:01 Editado em 22.02.2017, 09:30:09
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As autoridades da Malásia disseram nesta quarta (22) que as duas suspeitas de assassinar Kim Jong-nam, meio-irmão do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, haviam sido treinadas para manusear veneno.

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O chefe da polícia malasiana, Khalid Abu Bakar, disse que as suspeitas haviam treinado o ataque em dois shoppings no centro de Kuala Lumpur antes do dia 13, quando Kim Jong-nam foi envenenado no aeroporto da cidade enquanto esperava um voo para Macau.

"Sim, as duas suspeitas sabiam que o material que elas tinham era tóxico. Nós não sabemos que tipo de produto foi usado", declarou Khalid, descartando a versão de uma das suspeitas de que ela e a outra mulher haviam sido enganadas a espirrar um líquido no rosto de Kim Jong-nam pensando se tratar de uma pegadinha de programa de TV.

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"Elas usaram suas mãos nuas", acrescentou, dizendo que as suspeitas foram até o banheiro logo depois do ataque para se limpar e evitar possíveis contaminações. Inicialmente, as autoridades suspeitavam que uma agulha ou um spray fora usado no ataque. O resultado da autópsia não revelou a causa da morte de Kim Jong-nam.

A polícia anunciou nesta quarta reforço da segurança do necrotério em que está o corpo de Kim Jong-nam, após tentativas de invasão do local.

As duas suspeitas, uma de nacionalidade indonésia e a outra vietnamita, estão presas. Elas aparecem em imagens de câmeras de segurança do aeroporto de Kuala Lumpur se aproximando de Kim Jong-nam e colocando algo perto do rosto dele. Além delas, foram detidos um cidadão do país e um suspeito norte-coreano -as supostas conexões desses dois suspeitos com o assassinato não está clara.

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Em comunicado divulgado nesta quarta, a Embaixada da Coreia do Norte em Kuala Lumpur menosprezou os resultados apresentados pela equipe de investigação da Malásia e disse que os suspeitos foram "presos sem razão" e deveriam ser libertados imediatamente.

A nota contradiz a versão das autoridades malasianas, questionando "como seria possível que as suspeitas continuariam vivas" se elas manusearam veneno sem proteção. "O líquido que elas espirraram para uma pegadinha não é veneno e (...) há outra causa para a morte."

Nesta quarta, as autoridades da Malásia convocaram para prestar depoimento dois norte-coreanos que estão no país, sendo um diplomata e o outro funcionário da empresa aérea Koryo. A polícia busca dois outros norte-coreanos que estão foragidos no país e suspeita do envolvimento de quatro outros norte-coreanos que saíram do país horas depois do assassinato de Kim Jong-nam.

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O assassinato de Kim Jong-nam criou uma rixa diplomática entre a Coreia do Norte e a Malásia. O regime de Pyongyang disse "não confiar" nas investigações conduzidas pelas autoridades malasianas e exigiu que o corpo fosse enviado ao país, mas o pedido foi negado.

Kim Jong-nam, 46, era conhecido por suas posições críticas ao regime da Coreia do Norte e disse em uma ocasião que se opunha às transferências dinásticas de seu país. Ele também já disse que seu meio-irmão carecia de "um senso de dever e responsabilidade".

Kim Jong-nam era considerado possível herdeiro do regime norte-coreano, mas foi forçado a viver no exílio a partir de 2001, quando foi preso no aeroporto de Tóquio ao tentar entrar no Japão com um passaporte falso para visitar um parque da Disneylândia.

Ele já foi alvo de tentativas de assassinato no passado. Em outubro de 2012, promotores sul-coreanos informaram que um norte-coreano detido como espião admitiu ter participado de um complô na China em 2010 para encenar um acidente de carro para atingi-lo.

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