MAIS LIDAS
VER TODOS

Geral

Sombra da fraude ronda eleição presidencial no Equador

SYLVIA COLOMBO, ENVIADA ESPECIAL QUITO, EQUADOR (FOLHAPRESS) - "Não é o número de indecisos que vai definir essa eleição, mas sim se vai haver fraude ou não", disse à reportagem Néstor Jaramillo, 44, após votar na escola Quintiliano Sanchez, em Quito. A

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.02.2017, 17:35:32 Editado em 19.02.2017, 17:40:08
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

SYLVIA COLOMBO, ENVIADA ESPECIAL

continua após publicidade

QUITO, EQUADOR (FOLHAPRESS) - "Não é o número de indecisos que vai definir essa eleição, mas sim se vai haver fraude ou não", disse à reportagem Néstor Jaramillo, 44, após votar na escola Quintiliano Sanchez, em Quito. A mesma preocupação com uma possível alteração dos resultados também foi ouvida em distintos pontos de votação visitados.

"É simples, nós vamos saber logo, caso não tenhamos um resultado que aponte para um segundo turno, terá havido fraude", disse, após sufragar, o candidato a vice Ramiro Aguilar, do partido Fuerza Ecuador, de oposição ao governo, a jornalistas.

continua após publicidade

O que pode parecer apenas uma estratégia de campanha dos oposicionistas ganhou contornos mais concretos quando, há duas semanas, o candidato Guillermo Lasso pediu pelas redes sociais que as pessoas que tinham familiares mortos recentemente checassem se seus nomes tinham sido retirados do registro nacional eleitoral.

O resultado expôs que muitos ainda figuravam na lista, obrigando o presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Juan Pablo Pozo, a admitir que havia erros no registro e que este iria passar por um ajuste.

O funcionário logo tratou de minimizar o problema: "Uma coisa é que existam esses erros e que essas pessoas continuassem registradas depois de mortas, outra seria se tivéssemos concluído que votaram."

continua após publicidade

O caso, porém, fez surgirem mais acusações, e a agrupação política Sociedade Patriótica apresentou diante do Tribunal Eleitoral uma denúncia, dizendo que o padrão eleitoral contém ainda mais erros dos que os detectados recentemente, pois estariam contabilizados também migrantes não regularizados no país e pessoas desaparecidas.

Representantes deste mesmo partido já haviam feito a denúncia na eleição passada, e o caso ficou em aberto. Alegam que, caso esses números sejam corrigidos, o número de eleitores poderá cair.

'PROCESSO VICIADO'

continua após publicidade

A "sombra da fraude" voltou a ganhar força na sexta-feira (17), quando a ex-presidente do Tribunal Eleitoral da Venezuela, Ana Mercedes Díaz, que está no Equador como observadora do pleito, afirmou a uma emissora de TV colombiana que o processo estava "totalmente viciado" e que "uma fraude eleitoral" estava preparada para este domingo (19).

Segundo a observadora, o fato de o registro nacional de eleitores estar desatualizado era apenas uma das evidências. Também contariam no suposto esquema a manipulação de cédulas no momento da votação.

A eleição no Equador não é eletrônica. O votante recebe cédulas independentes para cada escolha -a de presidente e vice, a de membro da Assembleia Nacional, a do representante de sua Assembleias Regional e a do representante no Parlamento Andino.

Depois da entrevista, Díaz, que tinha planejado dar uma conferência sobre o assunto, conta que foi ameaçada de prisão e, por isso, dirigiu-se à embaixada dos EUA em Quito -ela também é cidadã norte-americana. À agência de notícias Associated Press, a embaixada confirmou que Díaz tinha de fato ingressado ao local, onde se estudavam agora seus próximos passos para que deixasse o país.

Pozo novamente negou as irregularidades e afirmou que as declarações de Díaz eram parte de uma "campanha de difamação e que suas declarações eram irresponsáveis e inadmissíveis".

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Geral

    Deixe seu comentário sobre: "Sombra da fraude ronda eleição presidencial no Equador"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!