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Trump diz que "notícias falsas" da mídia dificultam relação com Rússia

ISABEL FLECK WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Uma entrevista coletiva marcada de última hora para anunciar o novo indicado para o Departamento do Trabalho dos EUA se transformou, nesta quinta (16), no maior embate entre o presidente Donald Trump e a imprens

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.02.2017, 08:18:10 Editado em 17.02.2017, 08:20:04
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ISABEL FLECK

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WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Uma entrevista coletiva marcada de última hora para anunciar o novo indicado para o Departamento do Trabalho dos EUA se transformou, nesta quinta (16), no maior embate entre o presidente Donald Trump e a imprensa desde que ele assumiu.

Por mais de uma hora, ele respondeu a perguntas dos jornalistas. Trump culpou a mídia pela relação ruim com Moscou e condenou os vazamentos de informações de inteligência. Apesar de reconhecer que o conteúdo deles era "real", disse que as notícias a respeito eram "falsas".

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O republicano afirmou ainda que pediu ao Departamento de Justiça para investigar quem foram os funcionários que repassaram, de forma "criminosa", dados à mídia.

Trump disse haver "ódio" na cobertura da CNN -à qual disse não assistir mais-, criticou a BBC -"outra beleza, como a CNN"- e mandou um jornalista se calar.

Mais cedo, o mandatário havia declarado que os responsáveis pelos vazamentos à imprensa serão "pegos" e que pagarão um "alto preço".

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Segundo o "New York Times", o presidente planeja trazer o bilionário Stephen Feinberg, cofundador do fundo americano Cerberus, para fazer uma "revisão" das agências de inteligência.

Aos jornalistas, Trump disse ser uma "piada" a reportagem publicada pelo "New York Times", com revelações feitas por funcionários de inteligência sob anonimato, de que integrantes de sua equipe teriam mantido contato com membros do governo russo na campanha eleitoral.

"Não tenho nada a ver com a Rússia, não faço um telefonema para a Rússia há anos", disse. Questionado mais de uma vez sobre se algum assessor teria conversado com Moscou, o presidente disse: "Ninguém que eu saiba".

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Ele afirmou que gostaria que a relação com Moscou fosse melhor, mas que agora, por causa das informações divulgadas pelos jornais, ficaria difícil se aproximar do líder russo, Vladimir Putin.

Segundo Trump, isso teria, inclusive, motivado a aparente violação do tratado de controle de armas entre os dois países, com a reativação de mísseis por parte de Moscou.

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"Putin provavelmente acha que não pode mais fazer um acordo comigo porque, politicamente [para Trump], seria impopular."

O presidente foi questionado sobre a aparente contradição ao condenar vazamentos, sendo que, antes das eleições, pediu publicamente que a Rússia divulgasse -após um vazamento de mensagens da campanha democrata e-mails apagados da conta da ex-secretária de Estado Hillary Clinton.

"Em um caso, você está falando sobre informação altamente secreta. Em outro, sobre John Podesta [diretor de campanha de Hillary] falando mal de sua chefe", respondeu, fazendo referência aos e-mails vazados pelo site WikiLeaks em outubro.

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Os vazamentos que mais irritaram o republicano foram os que mostraram que seu conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, conversou sobre sanções com o embaixador russo antes da posse, em 20 de janeiro.

A revelação levou à queda de Flynn. Nesta quinta, o presidente disse que o general "não fez nada de errado" ao falar sobre as sanções, mas que teve que sair por ter escondido isso do vice-presidente, Mike Pence.

O "Washington Post" publicou nesta quinta que Flynn mentiu sobre o conteúdo da conversa também ao FBI, o que pode ter consequências legais para o ex-conselheiro. Segundo a mídia americana, Robert Harward, sondado por Trump para suceder Flynn, teria recusado o convite.

BAGUNÇA

Ao assumir o papel feito pelo porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, que passa diariamente por uma sabatina dos jornalistas, Trump disse que queria falar "diretamente ao povo americano, com a mídia presente", porque "muitos dos jornalistas não vão contar a verdade".

Segundo ele, seu governo herdou a "bagunça" de Obama dentro e fora do país. "Eu ligo a TV, abro os jornais e vejo matérias sobre caos. É exatamente o oposto. Este governo funciona como uma máquina bem regulada."

O republicano afirmou que a reforma fiscal vai acontecer "rapidamente" e que um "plano inicial" para substituir o Obamacare será enviado em março ao Congresso. Na última semana, ele havia dito que a proposta de mudança ficaria para 2018.

Trump terminou a coletiva dizendo que fará "tudo o que estiver a seu alcance" para acabar com a divisão no país, que teve origem antes dele, disse. E agradeceu aos jornalistas: "foi uma honra estar com vocês".

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