SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo russo negou nesta quarta (15) que tenha violado um importante tratado de controle de armas, conforme autoridades americanas disseram de forma anônima ao jornal "The New York Times".
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a "Rússia segue comprometida com seus acordos internacionais, inclusive no tratado em questão". O Ministério das Relações Exteriores russo irá elaborar um documento detalhando o status das atividades relacionadas ao INF (sigla inglesa para Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário).
Segundo reportagem publicada na terça (14), autoridades afirmaram que os russos tornaram operacionais dois batalhões de mísseis de cruzeiro lançados do solo e com alcance superior a 500 km, o que contraria o INF, tratado de 1987 que ajudou a acabar com a Guerra Fria entre União Soviética e Estados Unidos.
A informação foi vazada no mesmo dia em que as relações entre EUA e a Rússia do presidente Vladimir Putin estiveram no centro de mais uma crise do governo de Donald Trump.
Seu conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, renunciou após revelações de que ele conversou extraoficialmente com o embaixador russo em Washington sobre o fim das sanções americanas a Moscou, instauradas em 2014 como retaliação à anexação da Crimeia (Ucrânia) pela Rússia.
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