SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Malásia anunciou nesta quarta-feira (15) ter prendido uma mulher sob suspeita de envolvimento com o assassinato do meio-irmão do ditador norte-coreano, Kim Jong-un, ocorrido dois dias antes.
Segundo a polícia, a suspeita foi detida no aeroporto de Kuala Lumpur portando passaporte vietnamita.
O governo da Malásia confirmou nesta terça (14) que Kim Jong-nam foi assassinado na véspera no aeroporto de Kuala Lumpur, enquanto esperava um voo para Macau, na China. Segundo a emissora sul-coreana Chosun, Kim foi envenenado por duas supostas agentes norte-coreanas, que fugiram do local de táxi.
Kim Jong-nam, 46, era conhecido por suas posições críticas ao regime da Coreia do Norte e disse em uma ocasião que se opunha às transferências dinásticas de seu país. Ele também já disse que seu meio-irmão Kim Jong-un carecia de "um senso de dever e responsabilidade".
Kim Jong-nam era considerado possível herdeiro do regime norte-coreano, mas foi forçado a viver no exílio a partir de 2001, quando foi preso no aeroporto de Tóquio ao tentar entrar no Japão com um passaporte falso para visitar um parque da Disneylândia.
Ele já foi alvo de tentativas de assassinato no passado. Em outubro de 2012, promotores sul-coreanos informaram que um norte-coreano detido como espião admitiu ter participado de um complô na China em 2010 para encenar um acidente de carro para atingi-lo.
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