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Em São Carlos, cientistas criam método simples para diagnosticar Alzheimer

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pesquisadores da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) desenvolveram um método simples, rápido e de baixo custo para detectar a doença de Alzheimer. Atualmente, os médicos contam apenas com técnicas pouco precisas para o

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.02.2017, 15:15:58 Editado em 14.02.2017, 15:20:11
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pesquisadores da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) desenvolveram um método simples, rápido e de baixo custo para detectar a doença de Alzheimer. Atualmente, os médicos contam apenas com técnicas pouco precisas para o diagnóstico, como tomografia, ressonância magnética e análise clínica dos sintomas. As informações são da Agência Brasil.

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O Alzheimer é a forma mais comum de demência em pessoas idosas, uma doença progressiva que não tem cura e destrói a memória e outras funções mentais. A causa ainda é desconhecida, mas pode ter relação com a genética. “É muito difícil diferenciar o Alzheimer de outro tipos de demência. Normalmente, pessoas idosas tendem a ter mais demências, 60% das quais são relacionadas ao Alzheimer”, disse o professor do Departamento de Química da UFSCar Ronaldo Censi Faria, um dos responsáveis pelo estudo.

Na pesquisa, os cientistas notaram que pacientes com Alzheimer apresentam alteração na proteína ADAM10, presente no sangue. Para comprovar a alteração, foram selecionados 24 voluntários com mais de 60 anos, divididos entre saudáveis, portadores de Alzheimer e de transtorno neurocognitivo leve (considerado o pré-Alzheimer). A etapa foi coordenada pela professora Márcia Regina Cominetti, do Departamento de Gerontologia.

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A conclusão foi que a proteína apresentava alterações tanto nos pacientes portadores de Alzheimer como nos de pré-Alzheimer. “Nesse universo pequeno de 24 indivíduos, ficou bem notória a diferença nos valores da ADAM10. Isso mostra que [o método] tem uma boa precisão”, afirmou o professor.

O exame foi feito com o uso de biomarcadores, cujo custo material não passa de R$ 3, tornando possível identificar diferentes estágios da doença e até mesmo predisposição ao Alzheimer, segundo a pesquisa. Uma pequena quantidade de sangue é tratada com partículas magnéticas que são capturadas por um imã. A concentração é determinada com um dispositivo sensor descartável. O nível do biomarcador tende a aumentar, dependendo do grau da doença.

Em termos de custo, essa tecnologia é vantajosa por ser mais acessível à população, uma vez que o valor cobrado pela tomografia computadorizada gira em torno de 400 a 800 reais. Outra vantagem do biomarcador é que, se descoberto de forma precoce, o tratamento do Alzheimer pode até retardar o avanço da doença. Os métodos atuais só detectam a doença em estágios mais avançados.

De acordo com os pesquisadores, a patente do biomarcador já foi registrada, mas a previsão é que o produto leve de cinco a dez anos para chegar ao mercado. A próxima etapa do estudo será a ampliação do número de voluntários para 200 a 300.

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