SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Centenas de milhares de iranianos marcharam pelas ruas de Teerã nesta sexta-feira (10) para celebrar o 38º aniversário da Revolução Islâmica.
Em um momento de elevada tensão com os Estados Unidos, pessoas presentes ao evento repetiram o slogan "morte à América" e exibiram cartazes de protesto contra o presidente americano, Donald Trump.
Em discurso para uma multidão na praça Azidi, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse que "figuras inexperientes na região e na América estão ameaçando o Irã" e que "elas deveriam saber que a linguagem da ameaça nunca funcionou com o Irã".
"Nossa nação está vigilante e fará aqueles que estão ameaçando o Irã se arrependerem disso", afirmou Rouhani. "Nós iremos confrontar fortemente qualquer política belicosa."
Na semana passada, o governo dos EUA pôs o Irã "sob aviso" e implementou sanções contra cidadãos e empresas do país após o regime iraniano realizar um teste de míssil balístico. Recentemente, Trump afirmou que o Irã é o "Estado terrorista número um".
O Irã também foi incluído em um decreto de Trump barra temporariamente a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana e refugiados nos EUA –a medida foi suspensa pela Justiça, cabendo recurso do governo.
O governo Trump também ameaça desfazer o acordo para conter o programa nuclear iraniano, firmado em 2015 junto à república islâmica e a potências mundiais. Um eventual cancelamento do pacto poderia enfraquecer o governo moderado de Rouhani e fortalecer a linha dura do país.
A Revolução Iraniana de 1979 derrubou o regime monárquico do xá Mohammad Reza Palevi, apoiado pelos EUA, e instaurou uma república islâmica comandada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini.
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