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ATUALIZADA - Sem PM nas ruas, poucos comércio e ônibus voltam a funcionar em Vitória

CAROLINA LINHARES E LEONARDO HEITOR VITÓRIA, ES (FOLHAPRESS) - As ruas do Espírito Santo seguem praticamente sem policiamento na manhã desta terça-feira (7), com um movimento de familiares de policiais militares bloqueando a saída de viaturas. Porém, com

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.02.2017, 17:12:12 Editado em 07.02.2017, 17:15:10
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CAROLINA LINHARES E LEONARDO HEITOR

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VITÓRIA, ES (FOLHAPRESS) - As ruas do Espírito Santo seguem praticamente sem policiamento na manhã desta terça-feira (7), com um movimento de familiares de policiais militares bloqueando a saída de viaturas.

Porém, com reforço de mil homens das Forças Armadas e 200 da Força Nacional de Segurança no Estado, alguns comerciantes abriram as portas, e os ônibus voltaram a circular (devem ficar nas ruas pelo menos até as 19h).

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Desde a noite desta segunda (6), a reportagem viu dois caminhões das Forças Armadas circulando em Vitória. O reforço dos militares se concentra em terminais de ônibus da cidade. A Prefeitura de Vitória manteve a suspensão das aulas e do atendimento em postos de saúde.

Desde sábado (4), o Estado vive uma onda de criminalidade, com assaltos, arrastões e assassinatos. Vídeos publicados na internet mostram lojas sendo saqueadas e até um ônibus roubado de um terminal.

Na manhã desta terça, um tiro atingiu um ônibus do sistema de transporte coletivo da Grande Vitória. De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, os veículos estão nas ruas, mas podem parar a qualquer momento caso motoristas e cobradores entendam não haver segurança.

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Além disso, um tiroteio foi registrado no bairro Santa Rita, em Vila Velha e, em Serra, um condomínio fechado de prédios foi invadido.

Segundo o Sindicato dos Policiais Civis, foram registrados 75 homicídios desde o início da manifestação, na sexta-feira (3). Somente na segunda, a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos em Vitória registrou mais de 200 ocorrências. Nesta terça, a fila continuava grande no local e muitos ainda buscavam atendimento.

O governo do Estado não confirma o número de mortos. Policiais do departamento de homicídios afirmaram à reportagem que os corpos recolhidos no fim de semana têm sinais de execução, geralmente com de dois a quatro tiros na cabeça, peito ou costas.

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No IML (Instituto Médico Legal) de Vitória, a movimentação de parentes é intensa e há superlotação de corpos. Paulo Oliveira foi ao local para liberar o corpo do sobrinho de 22 anos, que foi assassinado no domingo (5) em Cariacica, região metropolitana de Vitória.

A família não quis informar se o jovem, que trabalhava na construção civil, tinha passagem pela polícia. Sobre a falta de policiamento, Oliveira afirmou ser "uma negligência do Estado" e que a reivindicação dos policiais "não justifica colocar a sociedade à mercê da criminalidade".

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Uma mãe que não ser identificada chorava a perda do filho de 19 anos. "Estou sem comer e sem dormir", diz. Para ela, o filho foi executado. Segundo a mulher, dois homens passaram em uma moto atirando contra o jovem na manhã de segunda-feira próximo ao Shopping Boulevard da Praia, no bairro Santa Helena.

O jovem já havia sido preso por furto e estava em liberdade há oito meses, de acordo com o relato da mãe. "Ele me disse 'mãe, estou mudado, a senhora não vai ter mais dor de cabeça comigo'", disse à reportagem.

NEGOCIAÇÃO

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Familiares de policiais continuam obstruindo batalhões e quartéis da Polícia Militar. O movimento reivindica aumento salarial e vinha conversando com a Secretaria da Segurança Pública do Estado. No domingo, porém, o governo afirmou que só negocia quando o policiamento voltar às ruas.

Uma decisão da Justiça considerou o protesto ilegal e determinou multa para as associações de policiais. As associações, no entanto, dizem não ser responsáveis pelo movimento dos familiares.

"Forçaram a barra ao responsabilizar as associações", diz o major Rogério Fernandes Lima, presidente da Associação dos Oficiais Militares do Espírito Santo. "Só tem um culpado por essa situação: aquele que rompeu o diálogo" afirma, em referência ao secretário de Segurança, André Garcia.

Os presidentes de algumas associações estão reunidos com parlamentares do Estado para pressionar o diálogo com o governo.

Por meio de redes sociais, moradores se revoltaram com familiares de policiais flagrados em vídeos fazendo festa nas portas de batalhões. Um outro vídeo mostrava um policial pedindo autorização para as mulheres de policiais na frente de um dos batalhões para que pudessem sair, o que foi negado pelas manifestantes.

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