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'Humor viveu fase feijão com arroz', diz Marcos Veras, em cartaz em SP

MARIANA AGUNZI SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Eu vou estar acima das normas, acima das regras, acima do bem e do mal. Vão ouvir as minhas opiniões de um assunto que não sei porra nenhuma", diz José Silva, personagem de Marcos Veras no monólogo ácido "Acord

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.02.2017, 17:27:24 Editado em 03.02.2017, 17:30:10
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MARIANA AGUNZI

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Eu vou estar acima das normas, acima das regras, acima do bem e do mal. Vão ouvir as minhas opiniões de um assunto que não sei porra nenhuma", diz José Silva, personagem de Marcos Veras no monólogo ácido "Acorda pra Cuspir".

Em cartaz no Teatro Nair Bello, no shopping Frei Caneca, a montagem dirigida por Daniel Herz provoca a plateia com reflexões acerca da busca incessante pela fama, dinheiro e sucesso, abordando a insanidade da sociedade contemporânea.

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Imerso em sua própria loucura, o personagem -um José que pode ser qualquer pessoa- é frustrado emocionalmente e amorosamente, um verdadeiro pessimista. Faz a plateia rir, de fato, mas em momentos de tensão. O texto, escrito em 2002, é do americano Eric Bogosian.

"Acho que a humanidade vem dando dez passos à frente e quinze atrás", diz Veras. "É só ver pelas redes sociais. Eu uso todas, mas elas trouxeram um narcisismo que faz a gente procurar cada vez mais a aprovação das pessoas. Estamos viciados, e eu me incluo totalmente nisso".

O humor, diz o ator, também mudou. Passou por fases pouco ousadas, vivendo do feijão com arroz e tentando se reinventar, ainda que pautado por uma sociedade que se machuca facilmente. "Mas vejo que, do Porta dos Fundos para cá, houve uma reviravolta bacana. Cabe a nós, como artistas, perceber quando não cabe mais fazer uma piada", diz.

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Quanto a se posicionar ou não politicamente por ser uma figura pública, o humorista parece não se sentir cobrado. "Eu não sei nada. Respeito muito quem entende de política; artista entende de arte, que é outra coisa".

O monólogo segue em cartaz até o fim de março em São Paulo. Depois, Veras foca em seu próximo trabalho: irá viver um investigador que tenta resolver um crime na nova novela das sete da rede Globo, "Pega Ladrão".

O artista, que trabalhou por três anos no "Encontro", programa da Fátima Bernardes, ainda estará em cartaz no cinema, no segundo semestre deste ano, com o filme "Festa da Firma". Multifacetado, mas nem tanto. "A TV é uma indústria, você está à serviço. No teatro, você é dono do seu trabalho."

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ACORDA PRA CUSPIR

QUANDO Sex.: 21h30, sáb.: 21h e dom.: 18h

ONDE Teatro Nair Bello - r. Frei Caneca, 569, Consolação, tel. 3472-2414

QUANTO R$ 70 a R$ 80, para ingresso.com

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