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ATUALIZADA - Quase cem pessoas são presas em protestos contra Trump

MARCELO NINIO E PATRÍCIA CAMPOS MELLO, ENVIADA ESPECIAL WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Quase 100 pessoas foram presas durante protestos contra o presidente recém-empossado Donald Trump na capital norte-americana. Foram os maiores protestos desde a segunda

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.01.2017, 19:30:26 Editado em 20.01.2017, 19:35:05
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MARCELO NINIO E PATRÍCIA CAMPOS MELLO, ENVIADA ESPECIAL

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WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Quase 100 pessoas foram presas durante protestos contra o presidente recém-empossado Donald Trump na capital norte-americana.

Foram os maiores protestos desde a segunda posse de Richard Nixon, em 1973, quando milhares tomaram as ruas para se manifestar contra a Guerra do Vietnã.

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Os protestos começaram de manhã, no centro da cidade. A maioria deles transcorreu de forma pacífica, mas um grupo de manifestantes vestidos de preto, que se diziam anarquistas, quebraram vidraças de um café Starbucks, de uma lanchonete Au Bon Pain e janelas de carros. Os manifestantes jogaram pedras nos policiais, que reagiram com gás de pimenta. Dois agentes ficaram feridos e foram levados para um hospital.

Um protesto do grupo DisruptJ20, que partiu de forma pacífica ao meio dia da Union Station, em direção à praça McPherson, próxima à Casa branca, acabou em queima de latas de lixo, arremesso de pedras e pancadaria com a polícia, que deteve manifestantes e reagiu com gás de pimenta e bombas de efeito moral.

O movimento #DisruptJ20 (atrapalhe 20 de janeiro) foi convocado por meios de mídias sociais e se propunha a fazer "uma série de ações diretas para bloquear as cerimônias da posse e todas relacionadas a ela". "Também queremos paralisar a própria cidade, usando bloqueios e protestos para parar o trânsito."

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Os manifestantes carregavam cartazes "Trump não é meu presidente", "Contra o racismo", "Imigrantes são bem-vindos" . Alguns usavam camiseta do movimento BlackLivesMatter, organização que denuncia a violência policial contra negros. Via-se um enorme elefante inflável (o animal é o símbolo do partido republicano) com a palavra racismo estampada. No congestionamento que se formou nas ruas vizinhas, motoristas fizeram um buzinaço em solidariedade.

Muitas mulheres que vieram para a Marcha das Mulheres, protesto contra Trump que ocorre no sábado (21), usavam os "pussy hats" (chapéus de xoxota). Trata-se de chapéus cor-de-rosa de tricô, de lã, com duas pontas na parte de cima. Foram parte de uma campanha para tricotar 1,17 milhão de chapéus cor de rosa e usá-los na marcha, e fazem referência ao vídeo em que Trump foi flagrado dizendo que poderia até "agarrar mulheres pela xoxota" se quisesse.

Nas posses de Barack Obama, em 2013 e 2009, houve um número insignificante de protestos. Na posse de George W. Bush em 2001, ocorreram alguns protestos espalhados pela cidade, mas nenhum dano significativo. Nesta sexta-feira (20), embora ainda não haja números sobre a quantidade de manifestantes, a polícia estimava que havia pelo menos 60 protestos.

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Paralelamente, foi organizada uma marcha pela maconha, e 4.200 cigarros de maconha foram distribuídos. Para aqueles que conseguissem entrar no Mall com os cigarros, o plano era acendê-lo aos 4 minutos e 20 segundos do discurso de Trump.

Dierdre Price, 47, veio de Pittsburgh para participar do protesto durante a posse e da Marcha das Mulheres, que se realiza amanhã. Ela carregava um cartaz com os dizeres: "PeeOTUS" e gotas de urina desenhadas. O cartaz misturava POTUS (sigla para presidente dos estados unidos) e pee (urina), uma menção ao dossiê não comprovado que circulou por Washington, com acusações de que Trump teria se submetido a práticas sexuais não ortodoxas como ser urinado por prostitutas em uma visita à Rússia.

"Se eu não mantiver o bom humor, não vou conseguir permanecer sã", disse.

O aposentado Drew Allbritton, que trabalhou no governo de Ronald Reagan, carregava um cartaz com os dizeres: "Government of Putin (GOP)", uma brincadeira misturando a sigla que identifica o partido republicano (grand old party) e a simpatia do novo presidente pelo líder russo Vladimir Putin. "Eu vivi a Guerra Fria, eu sei do que os russos são capazes, e sei que Trump não vai fazer nada para impedi-los."

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