SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os governos das três principais economias da Europa condenaram o protecionismo defendido por Donald Trump em seu discurso de posse como presidente dos Estados Unidos, nesta sexta-feira (20).
Sem citar nome do republicano, o presidente da França, François Hollande, disse que não é possível e desejável que um país se afaste da economia mundial, em referência ao desejo do americano de priorizar a indústria local.
"Fechar as fronteiras como recomendam alguns, entre os quais o que presta julgamento em Washington, quem quer impor taxas ou direitos para impedir a entrada de produtos nos EUA, equivale a por em questão o trabalho", disse.
Com a declaração, ele fez alusão também ao programa de campanha de Marine Le Pen, da extrema direita do país, que é uma das candidatas à sua sucessão nas eleições de 23 de abril.
O vice-primeiro-ministro alemão, Sigmar Gabriel, alertou que o mundo deve se preparar para "tempos difíceis" nos próximos anos. "O que ouvimos foi um tom fortemente nacionalista. Foi um discurso extremamente sério."
O ministro do Tesouro britânico, Philip Hammond, disse que a posse criará mais incerteza na Europa que o "brexit". Para ele, a mudança no governo americano é um "grande problema" para toda a Europa.
Hammond também citou a preocupação com a mudança na proteção militar da Europa o republicano considera a Otan obsoleta e no discurso disse que voltará os recursos militares para a proteção dos EUA.
"Qualquer coisa que mude a mude a atual situação da Europa, que é vizinha da Rússia, mas que vive sob a proteção dos EUA como vive, vai alterar as dinâmicas da União Europeia", afirmou.
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