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ATUALIZADA - Batalhão de Choque entra em presídio do RN após seis dias de rebelião

LEANDRO MACHADO E AVENER PRADO NATAL, RN - O Batalhão de Choque da Polícia Militar iniciou na noite desta quinta-feira (19) a entrada no presídio de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, após seis dias de rebelião. Antes da entrada dos policiais, os

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.01.2017, 20:30:10 Editado em 19.01.2017, 20:30:17
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LEANDRO MACHADO E AVENER PRADO

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NATAL, RN - O Batalhão de Choque da Polícia Militar iniciou na noite desta quinta-feira (19) a entrada no presídio de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, após seis dias de rebelião.

Antes da entrada dos policiais, os presos iniciaram um incêndio no pavilhão 3. As causas do fogo ainda são desconhecidas, mas muita fumaça ainda saia do local no início da noite. Os presos, que tomavam as áreas externas da penitenciária, também voltaram aos pavilhões.

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Com os policiais já dentro da unidade, não houve tiros ou bombas ouvidas do lado de fora. Cerca de uma hora depois da entrada, três feridos foram retirados em ambulâncias.

O governador Robinson Faria (PSD) já tinha afirmado durante a tarde que as forças policiais do Estado estavam preparadas para entrar no presídio a qualquer momento.

"A curto prazo agora é evitar uma nova briga, uma nova matança entre eles. Por isso nós vamos entrar daqui a pouquinho, a operação vai começar já já. Em um segundo momento vamos transferir os presos das facções para presídios separadamente", afirmou Faria em entrevista à GloboNews.

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O governador falou que pretendia separar membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Sindicato do Crime, que andavam livremente dentro do presídio.

"A ordem é retomar a ordem do presídio, fazer uma corrente humana dentro, de policiais, separando eles, para acabar com essa folga de ficarem perambulando, e amanhã se inicia a construção de um paredão, de placas de concreto, para separar até você ter toda a remoção, no Estado inteiro".

Ao menos 27 presos foram mortos no Rio Grande do Norte desde o início da crise prisional. Apenas em Alcaçuz são 26 mortes confirmadas.

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Na manhã desta quinta, a tensão voltou a aumentar, com novo confronto entre as duas facções. O governador afirmou haver feridos, mas não confirmou o estado dele.

TRANSFERÊNCIAS

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Uma decisão da Justiça impediu a transferência de cerca de 110 presos para o presídio de Alcaçuz na noite de quarta, como pretendia o governo estadual. Em nota, divulgada nesta quinta, a juíza responsável alegou "sérios riscos de morte" para barrar a entrada dos detentos.

"Os presos foram retirados à revelia e transferidos para Alcaçuz, correndo sérios riscos de morte, em especial porque a rebelião do presídio não foi controlada", afirmou Nivalda Torquato, da Vara das Execuções Penais de Nísia Floresta (RN). Com a desconfiança entre presos, não há possibilidade de saber a que facções pertencem, completa.

As transferências aconteceram na noite de quarta (18) em uma tentativa de reduzir a tensão no presídio. Ao todo, 220 detentos apontados como membros da facção Sindicato do Crime foram tirados de Alcaçuz e levados para o presídio estadual de Parnamirim.

Para permitir a transferência, o governo do Estado removeu 220 presos que estavam no presídio de Parnamirim, que seriam levados para Alcaçuz e para a cadeira pública Raimundo Nonato. O grupo que seguiria para Alcaçuz, porém, acabou não entrando por conta da decisão judicial e retornaram para Parnamirim.

A Secretaria de Segurança Pública afirmou que ainda discute novas transferências. A juíza Torquato afirmou em nota que "a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em meio a uma rebelião, com presos armados, jamais poderia receber presos. Qualquer decisão em contrário não seria razoável".

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