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Detido em Istambul confessa ser autor de massacre no Ano-Novo, diz governo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O suspeito detido nesta segunda-feira pelos serviços de segurança turcos confessou ser o autor do ataque que deixou 39 mortos e 69 feridos na noite de Ano-Novo em uma boate de Istambul, anunciou nesta terça-feira (17) Vasip Sa

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.01.2017, 08:21:11 Editado em 17.01.2017, 13:30:00
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O suspeito detido nesta segunda-feira pelos serviços de segurança turcos confessou ser o autor do ataque que deixou 39 mortos e 69 feridos na noite de Ano-Novo em uma boate de Istambul, anunciou nesta terça-feira (17) Vasip Sahin, governador da cidade.

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Nascido no Uzbequistão, Abdulgadir Masharipov estava em um esconderijo em um bairro da parte europeia da cidade, sob o nome falso de Ebu Mohammed Horasani. Ele estava junto com seu filho de quatro anos.

Investigadores questionados pela imprensa turca afirmam que o suspeito resistiu à prisão, motivo pelo qual ele aparece ferido e ensanguentado nas imagens. Ele precisou ser levado ao hospital antes de prestar depoimento.

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Além dele, foram presas mais sete pessoas: quatro homens e três mulheres, dos quais quatro são estrangeiros. Eles foram levados para dar declarações à polícia e são acusados de serem cúmplices do autor do atentado.

Esta foi a quarta tentativa da polícia turca de capturar o uzbeque. A prisão ocorreu durante uma série de operações de busca contra suspeitos de ligação com o EI.

O ataque ocorreu na boate Reina, casa noturna às margens do Bósforo que é frequentada pela elite, celebridades e jogadores de futebol.

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Cerca de 600 pessoas estavam na festa quando, nas primeiras horas de 2017, um homem abriu fogo contra os frequentadores. Dentre os mortos, estavam turcos, árabes, indianos e canadenses.

Dias depois, o Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque e disse se tratar de uma vingança pelo envolvimento turco na guerra civil na Síria. Em dezembro os extremistas perderam uma área na fronteira para rebeldes moderados em uma ação com ajuda das tropas turcas.

Para o vice-primeiro-ministro turco, Numan Kurtulmus, o atentado foi profissional e feito com ajuda de uma organização de inteligência. O país sofre desde 2015 atentados dos extremistas islâmicos e dos curdos em resposta à política militar do presidente Recep Tayyip Erdogan.

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Dezenas de pessoas já haviam sido detidas por possíveis conexões com o ataque.

O Estado Islâmico assumiu o atentado e afirmou que se tratava de uma vingança pelo envolvimento turco no conflito na Síria.

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O ataque durante o Ano-Novo ocorreu no tradicional clube noturno Reina, às margens do Bósforo. Havia ao menos 600 pessoas nessa casa frequentada por celebridades e pela elite secular. Um homem abriu fogo no interior da boate, matando turcos, árabes, indianos e canadenses.

Segundo a agência estatal de notícias Anadolu, outras quatro pessoas, além do suspeito, foram presas na operação.

INSTABILIDADE

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A Turquia, membro da Otan (aliança militar ocidental), vive um período de instabilidade.

Houve uma tentativa frustrada de golpe militar em julho, com mais de 270 mortos, além de uma série de ataques a cidades como Istambul e a capital, Ancara. Alguns dos atentados foram reivindicados pelo grupo terrorista Estado Islâmico.

Em 19 de dezembro, o embaixador russo na Turquia foi morto enquanto discursava em Ancara por um policial turco fora de serviço.

Em uma mensagem após o assassinato do embaixador, o presidente Recep Tayyip Erdogan prometeu lutar contra o terrorismo "até o fim". "[Os terroristas] querem criar o caos, desmoralizar nosso povo e desestabilizar nosso país com ataques abomináveis."

A Turquia faz parte da coalizão liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico -que assumiu o atentado do Ano-Novo-, realizando ataques no território sírio, o que poderia motivar o ataque. O governo turco mediou, além disso, o recente cessar-fogo na Síria.

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