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Nazista passou últimos anos de vida trancado em porão na Síria, diz revista

DIOGO BERCITO MADRI, ESPANHA (FOLHAPRESS) - Alois Brunner, responsável pela morte de 130 mil judeus, passou seus últimos anos trancado em um porão em Damasco, onde definhou em condições esquálidas, segundo uma investigação publicada nesta quarta-feira (11

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.01.2017, 08:22:37 Editado em 11.01.2017, 08:25:11
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DIOGO BERCITO

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MADRI, ESPANHA (FOLHAPRESS) - Alois Brunner, responsável pela morte de 130 mil judeus, passou seus últimos anos trancado em um porão em Damasco, onde definhou em condições esquálidas, segundo uma investigação publicada nesta quarta-feira (11) pela revista francesa "XXI".

A reportagem, endorsada por especialistas na área, é uma tentativa de solucionar o mistério em torno do nazista Brunner, que chefiava o campo de Drancy, onde judeus franceses eram mortos dentro de câmaras de gás.

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O criminoso de guerra, nascido na Áustria, fugiu da Alemanha no fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) rumo ao Egito com um passaporte em nome de Georg Fischer. Ele envolveu-se no movimento pela independência da Argélia antes de mudar-se para a Síria.

Em Damasco, Brunner colaborou com a polícia secreta, transferindo métodos de interrogação -e tortura- desenvolvidos pelos nazistas na Alemanha. Ele sobreviveu, segundo relatos, a uma bomba, perdendo um olho e quatro dedos na explosão.

Há no entanto uma série de lacunas na história, e não há confirmação sobre seus últimos anos. O Centro Simon Wiesenthal em Viena, que monitora nazistas, havia anteriormente dito que ele morreu na Síria em 2010.

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A revista "XXI" diz, porém, que o nazista esteve sob uma espécie de prisão domiciliar em Damasco a partir de 1989, limitado à área subterrânea de seu apartamento, e que morreu em 2001. Brunner tinha à época 89 anos.

A investigação francesa foi elogiada pelo notório caçador de nazistas Serge Klarsfeld, segundo a agência de notícias AFP. A revista entrevistou ex-funcionários do serviço secreto sírio. Segundo eles, Brunner não arrependeu-se dos crimes e morreu ainda como antissemita.

Guardas da prisão domiciliar relataram que ele "sofria e chorava muito" em seus últimos anos e que mal podia lavar-se. Ele alimentava-se de rações militares e tinha que escolher entre ovos e batatas, em suas refeições.

"Estamos satisfeitos em saber que ele viveu mal", afirmou Klarsfeld à AFP.

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