SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Assembleia Nacional da Venezuela declarou nesta segunda (9) o abandono de cargo do presidente Nicolás Maduro. Embora prevista na Constituição, a medida terá efeito simbólico, porque o Tribunal Supremo de Justiça considerou a decisão ilegal.
O abandono de cargo era a última tentativa legal possível que tinha a oposição, que domina o Legislativo, de convocar eleições gerais em caso de saída do presidente.
A partir desta terça (10) -quando o mandato que cumpre o chavista chega a quatro anos-, quem assume em seu lugar em caso de deposição é o vice, hoje Tareck El Aissami, da linha dura do governo.
Isso acontecerá mesmo que prospere o referendo que revoga o mandato de Maduro, que seus adversários tentaram fazer durante o ano passado. Porém, o Conselho Nacional Eleitoral postergou os prazos da coleta de assinaturas, necessárias para que a votação fosse convocada.
Por fim, o Tribunal Supremo de Justiça declarou em outubro que o recolhimento das firmas em quatro estados foram anuladas por irregularidades, sepultando a possibilidade de que a consulta se realizasse até esta terça.
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