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Temer negou pedido de socorro para conter caos nos presídios de Roraima

SÔNIA LÚCIA NUNES BOA VISTA, RR, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério da Justiça, do governo Michel Temer, negou ajuda ao governo de Roraima para controlar rebeliões e brigas entre facções. O pedido havia sido feito em novembro de 2016 pela governa

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.01.2017, 13:23:42 Editado em 06.01.2017, 16:33:36
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SÔNIA LÚCIA NUNES

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BOA VISTA, RR, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério da Justiça, do governo Michel Temer, negou ajuda ao governo de Roraima para controlar rebeliões e brigas entre facções. O pedido havia sido feito em novembro de 2016 pela governadora do Estado Maria Suely Campos (PP) e relatava crescente tensão entre facções. Na madrugada desta sexta-feira (6), 33 detentos morreram no Estado vítimas de confronto entre grupos rivais.

Em dois ofícios enviados ao ministro Alexandre de Moraes, a governadora solicita em caráter de urgência apoio do Governo Federal, bem como da Força Nacional de Segurança "em virtude dos últimos acontecimentos no sistema prisional do Estado de Roraima". A governadora solicita ainda a doação de 180 pistolas que deveriam ser destinadas ao controle penitenciário. Ela cita ainda que o sistema carcerário em Roraima encontrava-se sob grande clima de tensão.

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No documento, consta a descrição de uma crescente tensão entre membros do CV (Comando Vermelho) e do PCC (Primeiro Comando da Capital), desde agosto de 2016. Como precaução, os membros do Comando Vermelho teriam sido isolados em uma ala "fim de resguardá-los", segundo o documento. No dia 16 de outubro, no entanto, membros do PCC teriam quebrado o muro que os separava da ala do Comando Vermelho. Na ocasião, dez membros do Comando Vermelho morreram. Os corpos teriam sido decapitados e carbonizados.

O governo estadual transferiu os membros do Comando Vermelho sobreviventes do ataque para outra unidade prisional.

Em resposta à solicitação do governo do Estado, o ministério da Justiça declarou por meio de ofício que a Força Nacional já estava em fase de preparação para uma operação de combate a homicídios e violência doméstica nos 26 Estados e no distrito Federal. Alexandre de Moraes disse no ofício que "apesar do reconhecimento da importância do pedido de Vossa Excelência, infelizmente, por ora, não poderemos atender ao seu pleito".

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Em entrevista na tarde desta sexta (6), o ministro Alexandre de Moraes disse que o pedido de Roraima foi negado pois se tratava de uma solicitação de auxílio à "segurança pública" comum, decorrente da presença de traficantes vindos da Venezuela. Segundo o ministro, o pedido não era específico à questão carcerária. Os ofícios trocados entre ele e o governo de Roraima, no entanto, contradizem a afirmação.

A crise em Roraima ocorre quatro dias após a morte de 60 presos no Estado do Amazonas.

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